O prefeito de Pontal do Araguaia, Adelcino Lopo (MDB), expressou profunda tristeza pela morte do produtor rural Nélio Gonçalves de Araújo, 58 anos, vítima de um acidente na zona rural do município. O choque, frontal, ocorreu entre a caminhonete Hilux conduzida pelo prefeito e o Fiat Uno dirigido por Nélio, resultando em sua morte imediata e gerando grande comoção na região. (VEJA O VÍDEO AO FINAL)
Em entrevista emocionada, Adelcino detalhou os momentos que antecederam e seguiram à colisão, revelando o impacto pessoal do ocorrido:
“Aquele desespero da família, o frio dela, o menorzinho, eu não imagino. Meu pai morreu, eu tinha sete anos, então eu não tive convívio com o pai. Fico imaginando, né? (...)", relatou.
O prefeito descreveu a sequência de tentativas para socorrer Nélio: “Quando eu vi, falei: é o seu Nelio. Pensei logo na esposa e no filho de 9 anos. Fui correndo, ele estava dentro do carro, chamei duas, três vezes, não respondeu. Tentei abrir a porta, não dei conta, tentei ligar ali, não dá sinal... Corri para buscar ajuda, vim até em casa a pé, um quilômetro e meio correndo. Vieram mais pessoas, tentamos tirá-lo dali, não demos conta.”
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Visivelmente abalado, Adelcino compartilhou suas reflexões sobre a fatalidade: “É uma fatalidade. Pensei: poderia estar no caixão ao lado dele. Poderia ser minha filha, um amigo... É algo inevitável. A gente não tem o controle da vida de alguém na mão. Ele era um rapaz do bem, religioso, uma família bonita, os meninos exemplares.”
Ele também explicou as condições do local: “O sol estava contra ele, nem ele me viu, nem eu o vi. Se um de nós tivesse visto, teria desviado. A estrada é vicinal, tem trepidação, não dá para ir em alta velocidade. Se eu tivesse demorado mais 30 segundos em casa, não teria acontecido naquele ponto.”
Emocionado, o prefeito concluiu com palavras de solidariedade e fé: “Fui lá no velório, vi aquele desespero da família, o menorzinho... Fico imaginando essa criança. Por ser um cara direito, honesto, trabalhador, se eu tivesse que dar minha vida por ele, eu daria. As dificuldades ficam para quem fica. Mas as coisas de Deus a gente tem que aceitar, ter força, acreditar. Peço a todos no trânsito que estejam sempre atentos, porque pode acontecer com qualquer pessoa.”
Na manhã de terça-feira, 30 de dezembro, Adelcino compareceu ao velório para prestar apoio pessoalmente à família, reforçando os laços de comunidade e o profundo respeito pelo homem que conhecia não só como vizinho, mas como amigo e exemplo de caráter.
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