O presidente da Associação dos Permissionários do antigo Mercado Municipal (Miguel Sutil), Sebastião Freitas de Paulo, denunciou que a construtora CS Mobi está praticando cobranças que tornam "impossível" a permanência dos comerciantes no novo espaço. A alegação foi feita em audiência na Câmara de Vereadores de Cuiabá nesta terça-feira (2).
Na tribuna, o presidente lembrou que, nas primeiras reuniões entre os comerciantes do antigo Mercado Municipal e a empresa, foi garantido a eles que os permissionários teriam “condições melhores” quando houvesse a mudança para o novo estabelecimento.
“Eles não estão fazendo isso. Estão pressionando nós para decidir logo o espaço, para ver se a gente vai ficar ou não. Ou seja, colocam um valor muito alto, que ninguém tem condições de ficar e a gente é eliminado do novo mercado”, destacou.
Ainda de acordo com o presidente da associação, “a primeira conversa deles [CS Mobi] quando começou a obra, foi de que seria de 80 a 110 reais o metro quadrados, mais condomínio e taxa de permeação”, mas agora, segundo Sebastião, “o preço deles é 110 o metro quadrado, mais condomínio e taxa de permeação”.
“Hoje, se eu quiser um espaço de 110 metros quadrados, mais despesa de aluguel e condomínio, eu vou gastar 20 mil reais. É inviável, para qualquer comerciante do antigo mercado municipal se estabelecer neste novo mercado”, frisou o permissionário.
Na ocasião, ele pediu apoio jurídico e político aos vereadores.
POSICIONAMENTO DOS VEREADORES
O vereador Dilemário Alencar (União) classificou a cobrança como insustentável. Ele também integrou a CPI da CS Mobi, realizada ainda este ano, na qual os parlamentares apontaram possíveis irregularidades financeiras, legais e sociais no acordo, incluindo o uso do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia contratual e desequilíbrios econômicos entre as partes.
Maysa Leão (Republicanos) relembrou que, no relatório final da CPI, ficou determinado que os permissionários devem ser priorizados durante a alocação no Mercado Miguel Sutil. Ela também pediu a revisão das condições propostas pela CS Mobi e a suspensão do prazo imposto aos comerciantes, que se encerra em 5 de dezembro.
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