Usuários do transporte coletivo de Várzea Grande não entendem porque terão que pagar duas vezes para chegar até Cuiabá ou a qualquer outro bairro.
“Primeiro tiram os cobradores e obrigam todo mundo a ter o cartão, agora inventam essa de que o cartão simples precisa ser substituído porque não efetuará a integração a partir do dia 15, e teremos que pagar duas passagens para sair da cidade? Já não basta a população ter que engolir o preço da passagem no município ser quase o mesmo da Capital, sendo que tem bem menos morador?”, questionou uma usuária, do bairro Jardim Novo Horizonte, que pede anonimato.
O projeto faz parte das mudanças operacionais que estão sendo estabelecidas no Terminal André Maggi, em Várzea Grande.
No caso em questão, da troca de cartões, deve-se ao fato de que a partir do dia 15 deste mês, passageiros que pagarem a tarifa com dinheiro ou com o cartão de passagem única ou o simples, não farão a integração com o sistema de transporte de Cuiabá ou mesmo de outros bairros, porque o cartão não permitirá.
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“Fala-se tanto em divulgar o cenário turístico da cidade, tem até a rota do peixe em Bom Sucesso, mas não estão pensando no visitante de fora, será que nenhum deles vai usar o transporte coletivo?”, perguntou a passageira.
Segundo informações do superintendente de Transportes Urbanos de Várzea Grande, Aparecido Leite de Albuquerque, assim que o sistema entrar em operação, nenhum usuário terá que pagar duas passagens.
POSTOS DE ATENDIMENTO
Além disso, para melhor comodidade foram instalados diversos postos de atendimento dentro do espaço (terminal), para que o usuário possa requerer o cartão gratuitamente. Será dado mais prazo, cerca de 20 dias para que todos se adequem ao novo modelo, portanto, de imediato ninguém terá que pagar duas passagens.
As mudanças, de acordo com o secretário, seguem orientação da Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Ager) para agilizar os serviços ao usuário. No centro de integração passam diariamente cerca de 60 mil pessoas.
Outro problema é que ninguém sabe ao certo como será o sistema de pagamento para o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), que na opinião dos moradores, acarretará novas adequações. “Como ficará o Terminal André Maggi, já que a Estação do VLT ficará perto do Aeroporto”.
OUTRAS MUDANÇAS
O Terminal André Maggi está diferente, principalmente nas áreas de embarque e desembarque de passageiros. Ambulantes que vendiam produtos diversos no local foram retirados e grades foram instaladas.
Aparecido Leite de Albuquerque, superintendente da SMTU afirmou que a retirada dos ambulantes possibilitou corrigir pelo menos 80% o problema do lixo, uma vez que restos de alimentos, embalagens de papel e de refrigerantes eram deixados em qualquer lugar.
Também refletiu em mais mobilidade para os passageiros, que passaram a ter mais espaço para locomoção.
As faixas de contenção foram pintadas no setor de embarque e desembarque com o objetivo de reforçar a segurança de quem passa pelo local. Os banheiros foram reformados, entre outros serviços.
Infelizmente, segundo a coordenadora do Terminal André Maggi, Edna Maria, a população não tem colaborado. “A vandalização é uma realidade. Os banheiros já tiveram torneiras, cestos de lixo e tampas de vasos furtados”.
Já foi solicitada a instalação de um posto para a Guarda Municipal para o local. Enquanto a questão estrutural está sendo avaliada, agentes estarão presentes no Terminal. Com a medida, pretende-se inibir a ação dos vândalos e transmitir segurança ao cidadão.
O resultado contou com uma parceria envolvendo a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Superintendência de Transporte Urbano (STU) e Guarda Municipal (GM).
(Com informações da Assessoria)
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