O pai da menina de dois anos que foi morta por espancamento e depois teve o corpo embalado e deixado em uma caixa numa área verde em Primavera do Leste não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime.
A delegada Luciana Canaverde, titular da Delegacia de Água Boa, cidade há 675km de Cuiabá, cidade em que o pai e a madrasta da criança foram presos, disse que durante o longo depoimento do casal, ninguém esboçou nenhum tipo de reação ou sentimento.
Questionado se eles se arrependiam de ter cometido o cruel crime, Lenilson Barbosa de Souza, 25 anos e Kátia Cristina de Almeida Lopes, 27 anos, ficaram calados. “Eles não responderam sobre o arrependimento. Ninguém chorou, ninguém esboçou reação alguma. São extremamente frios”, disse a delegada ao HiperNotícias.
A delegada ainda confirmou que a mãe da criança teria pedido uma foto da criança, no começo do mês de setembro, quando a filha estava na casa do pai. Segundo a mãe, em depoimento à polícia, a foto enviada por Lenílson mostrava a filha com o olho roxo. “Com certeza, ele já tinha espancado a criança uma vez. Porém, cada hora chega uma coisa nova aqui sobre esse caso. Então vamos aguardar primeiramente a perícia para poder tomar novas conclusão“, explicou Canaverde.
Lenílson e Kátia foram encontrados pela Polícia Militar entrando na cidade na tarde de domingo. Eles chegaram a inventar três histórias antes de confessar todo enredo sobre a morte da menina de dois anos.
“A madrasta Kátia que contou como aconteceu. Nós dividimos os dois em celas diferentes e colhemos o depoimento. O Lenílson contou que ela havia desaparecido, depois que tinha caído do caminhão de mudança, já a mulher confessou, ele acabou falando com detalhes o que tinha acontecido”, declarou a delegado.
Lenílson, no dia 7 de setembro, teria espancado a menina porque ela teria defecado em cima do seu colchão. Ele, após perceber que a menina se machucou na cabeça, ele ainda deu remédio para menina, que após algumas horas acabou morrendo.
Com ajuda da esposa, ele colocou o corpo da filha dentro de um saco de lixo e a colocou numa caixa e deixou dentro da casa onde residiam, em Primavera do Leste. Em seguida foram para fazenda onde Lenílson trabalhava como vaqueiro.
Três dias depois ele voltou para a casa em Primavera e por conta do mal cheiro, resolveu jogar a "embalagem" em uma região de área verde. Eles retornaram, lavaram a casa e as roupas da criança e em seguida fugiram para Goiânia. Lá ligaram para a mãe da menina e disseram que ela estava desaparecida. De imediato, a mãe logo registrou um boletim de ocorrência e começaram as buscas pela criança.
Na delegacia, após a madrasta confessar e revelar o crime, foi indicado o local em que estava o corpo. A causa principal da morte seria um trauma no crânio.
“Indiciei ambos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Aguardamos detalhes da perícia para dar continuidade no inquérito”, concluiu a delegada Luciana Canaverde.
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