Um novo vídeo gravado por um suposto garimpeiro viralizou nesta terça-feira (5) e mostra veículos e maquinários em chamas em uma área de exploração de ouro no município de Conquista D’Oeste (a cerca de 530 km de Cuiabá). O local, segundo relatos, foi alvo de mais uma fase da Operação Onipresente, coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Na gravação, que circula em redes sociais, um homem narra o cenário de destruição e lamenta as perdas. “Queimaram a prancha, queimaram a escavadeira, queimaram tudo. Um desastre, acabando tudo em fogo”, diz o trabalhador enquanto mostra caminhões, tratores e barracos em chamas. (Assista ao final).
Ele também afirma que teve documentos e roupas pessoais queimados e que não foi autorizado a retirar nada do local antes da destruição.
A operação do Ibama ocorre desde junho e visa desmobilizar garimpos considerados ilegais em áreas de reserva indígena, com foco especial na Terra Indígena Sararé, localizada entre os municípios de Pontes e Lacerda e Conquista D’Oeste, região oeste de Mato Grosso. A ação não tem prazo para terminar.
Mortes e confrontos
A escalada de tensão entre garimpeiros e agentes federais ganhou contornos ainda mais graves na última sexta-feira (1º), quando um homem de 52 anos, Martins Filho dos Santos, morreu após ser baleado durante confronto em Pontes e Lacerda. Segundo o Ibama, o garimpeiro teria avançado com uma caminhonete contra uma equipe de fiscalização, o que motivou a reação dos agentes.
Ele chegou a ser socorrido por um helicóptero do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. Desde então, denúncias de arbitrariedades e vídeos de queimas de equipamentos aumentaram na internet, alimentando o debate sobre os métodos utilizados pelas forças federais.
A ação que resultou na morte de Martins foi conduzida por equipes do Ibama com apoio da Polícia Civil de Goiás e da Casa Civil Federal, mas sem participação da Polícia Civil mato-grossense ou de outras instituições estaduais.
Até o momento, o Ibama e os demais órgãos envolvidos não esclareceram os critérios operacionais nem justificaram o uso de apoio policial de outro estado.
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VEJA VÍDEO:
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