Estudantes da rede pública, em parceria com a Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), ocupam nesta segunda-feira (30) sete escolas de Cuiabá e Várzea Grande para protestar contra a implantação do modelo de Parceria Público-Privada (PPP) na gestão das unidades escolares de Mato Grosso.
De acordo com o representante da Ame, Wenik Marinho Félix, uma das escolas que foram ocupadas no domingo (29) foi a E.E. Professor Rafael Rueda, no bairro Pedra 90, e a E.E. Dunga Rodrigues, em Várzea Grande. Com isso, já são nove comunidades escolares que brigam contra o projeto de PPPs.
“O nosso movimento tem ganhado força nos últimos dias porque os alunos passaram a entender como isso pode interferir na qualidade de ensino. E nós vamos estender a manifestação para outras unidades escolares que também quiserem aderir ao protesto contra a privatização. O governador deve entender que os alunos sabem o que é democracia e as decisões não deve ser tomadas apenas de cima para baixo sem considerar a opinião de quem de fato vai interferir na vida, que são os professores e os estudantes”, afirmou.
Apesar de o movimento ter se alastrado para vários colégios da região metropolitana, o representante da Ame disse que os diretores devem ficar atentos porque há um grupo de invasores que também tem tomado conta das escolas apenas para fazer “arruaça”.
“Eles não protestam contra nada, apenas são moradores da região e entram com faixas e cartazes falando que são contra as PPPs, mas nem sabem o que isso significa. Por isso, professores e alunos fiquem atentos. E em casos como esses, chame a polícia”, informou.
Uma das vítimas dessa invasão foi a Escola Estadual José Leite de Moraes, no bairro Cristo Rei. Conforme a diretora da unidade, Vilma Ribeiro, pelo menos 10 pessoas chegaram no domingo com faixas, gritando que tomariam conta do prédio, pois eram contrários ao projeto.
“Era por volta das 10h30 quando chegaram pela primeira vez. Eles aproveitaram que os portões estavam abertos porque tinha algumas pessoas fazendo provas e aí entraram para começar a bagunça. Eu chamei todos para fazer uma reunião e disse que chamaria a polícia se ficassem no local, já que a comunidade não aprova esse tipo de comportamento”, destacou.
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