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Cidades Sábado, 14 de Maio de 2016, 14:00 - A | A

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Sábado, 14 de Maio de 2016, 14h:00 - A | A

LAR DA CRIANÇA

Equoterapia melhora vida de menores acolhidos no Lar da Criança

REDAÇÃO

 

assessoria

equoterapia

 

São 13h30 quando o micro-ônibus levando seis crianças com necessidades especiais, autistas ou hiperativas estaciona em frente ao picadeiro do Haras Twin Brothers, em Cuiabá. As que têm neuropatias são colocadas em cadeiras de rodas para serem transportadas até o local onde terá o início a equoterapia. Esta é a rotina de cerca 12 crianças (o número varia entre 12 e 15) que vivem no “Lar da Criança” e fazem tratamento equoterápico, três vezes por semana.

 

O trabalho, que teve início em janeiro de 2015, é resultado de uma parceria firmada entre o Poder Judiciário de Mato Grosso e a Prefeitura de Cuiabá. As duas instituições assinaram termo de cooperação técnica com o objetivo de proporcionar tratamento para essas crianças. Mais de um ano depois do início do trabalho os resultados já podem ser sentidos e são bastante animadores.

 

Quando chega ao haras, o pequeno Davi (nome fictício), de 4 anos de idade, está dormindo e nem percebe onde está. Ele é neuropata e faz equoterapia para melhorar os movimentos, a postura e os reflexos. Assim que acorda ele observa o espaço, os cavalos e abre o melhor dos sorrisos. Impossível não se emocionar diante da cena.

 

Chega a vez de Davi subir no cavalo. Como não anda, não fala e não consegue parar sentado, ele é levado no colo por um dos cuidados do Lar da Criança até a rampa onde é feita a montaria. Em cima do cavalo está a fisioterapeuta Taiane de Almeida, que espera o praticante (nome dado a quem faz equoterapia) com todo o carinho do mundo.

 

“Venha cá, meu amor. Você veio, que maravilha. E aí, vamos andar um pouco?”, diz ela a Davi, que novamente responde aos estímulos com um largo sorriso. E o trabalho tem início. A fisioterapeuta faz com ele a chamada montaria dupla, realizada com quem não consegue parar sozinho em cima do animal, como é o caso do Davi.

 

Montada, ela faz exercícios de fisioterapia com ele. Estica os braços, mãos, pernas, movimenta o rosto para um lado, para o outro, para cima e para baixo. Davi demonstra gostar do que está fazendo. Ao mesmo tempo, o movimento do animal desenvolve outros estímulos, que atingem o corpo e a mente.

 

Conforme a fisioterapeuta, na equoterapia o praticante participa da sua própria reabilitação, e obtém como amigo o cavalo, que possui grande sensibilidade de carinho com a pessoa com deficiência, deixando-o manusear e montar. Além disso,

 

o animal possui um andar tridimensional, que emite para o cérebro do praticante de 120 a 180 estímulos. “O andar do cavalo provoca uma série de reações no corpo do praticante, fazendo com que ele esteja sempre em busca do seu próprio

assessoria

equoterapia

 

equilíbrio. O andar do animal é semelhante ao nosso, ou seja, tridimensional, com movimentos para cima e para baixo, para frente e para trás, de um lado para o outro”, explica Taiane.

 

O cavalo consegue transmitir impulsos ritmados para as pernas e para o tronco do paciente, levando a contrações e relaxamentos que facilitam a percepção do próprio corpo, noção da lateralidade e da manutenção do equilíbrio.

 

Os resultados podem ser notados em poucas sessões e, como o tratamento é visto de forma lúdica pelos praticantes, a sensação de bem-estar no final da sessão é facilmente observada.

 

“Trabalhamos com crianças neuropatas, algumas com problemas cognitivos e outras com dificuldades de comportamento. Com relação às neuropatas temos um objetivo específico, pois trabalhamos mais a coordenação motora, tônus, equilíbrio, fortalecimento, enfim, a coordenação global da criança. Já com aquelas que têm problema cognitivo, focamos mais na memória, raciocínio e sequência lógica. Aquelas que vêm por questão comportamental, nós trabalhamos regras e limites, o que pode e o que não pode, além da autoestima”, explica a fisioterapeuta.

 

Da Assessoria

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A psicóloga Fernanda De Nadai comenta que a terapia é fundamental na saúde dessas crianças

Depois de mais de um ano de trabalho ela diz que os resultados são visíveis e que a evolução é satisfatória. “Quando elas chegaram aqui tinham muito medo, principalmente de se aproximar do cavalo. Hoje elas chegam perto com mais facilidade, têm mais confiança, domínio de rédea, fazem coisas que antes não conseguiam fazer. Elas melhoraram ainda o raciocínio, a atenção e concentração. Nas crianças neuropatas a gente percebe a melhora no equilíbrio e na atenção. Elas têm mais troca com os mediadores e com o cavalo. A gente vê uma melhora significante em cada uma das crianças com o objetivo específico para cada uma delas”.

 

Quem trabalha diariamente com estas crianças também percebe os avanços. “As crianças que tinham medo de ir até no escorregador do Lar, hoje não têm mais. Se aproximam do cavalo, melhoraram no comportamento e na socialização. Com relação àquelas que são neuropatas, percebo uma evolução no equilíbrio e na postura”, afirma a cuidadora Luciane Silva, 48 anos, há dois trabalhando na instituição.

 

A psicóloga Fernanda De Nadai, que também trabalha no Lar da Criança, ressalta que a equoterapia, além de trabalhar as questões neurológicas e psicomotoras, proporciona também uma interação destas crianças com outros ambientes. “Elas saem da instituição, convivem em outros ambientes, com outras pessoas, em outros espaços, e isso é muito importante para o desenvolvimento delas, já que passam grande parte do tempo isoladas da sociedade”.

 

Da Assessoria

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As sessões acontecem três vezes por semana, mas cada criança faz apenas uma sessão, com duração de 30 minutos. Crianças com autismo e que estão acolhidas também fazem equoterapia. Os resultados nos pacientes com autismo são bastante positivos, já que melhora a interação social, a linguagem e a área emocional. Isso pode ser observado porque a criança aprende a superar alguns medos, melhora a expressão facial, olha nos olhos, acena e busca fazer amizade com os que estão nas sessões.

 

Este é o caso de Joaquim (nome fictício), que tem 22 anos, e desde pequeno vive no Lar da Criança. Com autismo, ele tinha muito medo de se aproximar do cavalo. “Foram três meses de tentativa, até ele perder o medo e chegar perto do animal. Hoje ele superou tudo isso, monta, faz atividades e ajuda a cuidar do cavalo, uma evolução que nos deixa muito felizes”, afirma a fisioterapeuta.

 

De acordo com a secretária-geral da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), Elaine Zorgetti Pereira, a maioria das crianças que recebe o tratamento de equoterapia já se encontra destituída do poder familiar, estando apta à adoção. Mas, em virtude da idade mais avançada e/ou por serem portadoras de deficiências, elas têm chances mais remotas de adoção. “Buscamos cuidar o melhor possível dessas crianças. Por meio do projeto ‘Padrinhos’, o Judiciário tenta aproximar a sociedade desses menores. Temos recebido muitas ligações de interessados em apadrinhar uma criança”, revela.

  

Os interessados em apoiar o projeto ou apadrinhar uma criança ou um adolescente abrigado deverão entrar em contato com a Ceja pelos telefones (65) 3617-3191/3121.

 

(informações da assessoria)

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