A Energisa informa que a notificação emitida pelo Procon Mato Grosso não tem relação com instalação das caixas de padrão de entrada de energia feitas de policarbonato, adotadas pela empresa desde o fim de 2014. Portanto, clientes com novas obras ou pedidos de ligação que tenham adquirido ou estejam instalando a caixa de policarbonato podem ficar tranquilos, pois esse modelo permanece válido.
O questionamento do Procon se refere a um projeto piloto que será implantado pela distribuidora em 21 bairros de Várzea Grande. O projeto prevê a retirada das caixas hoje instaladas nos postes da região para a implantação de novos aparelhos em padrões individuais, próximos aos imóveis, beneficiando mais de 10 mil clientes. A troca dos padrões e medidores neste projeto piloto é uma iniciativa da Energisa, sem custo direto para os clientes - diferente de quando a troca é motivada pelo cliente, uma vez que a responsabilidade pelo padrão de entrada é dele.
Na notificação e em matérias por meio da imprensa, o Procon pede a suspensão da execução – que ainda não começou - e os documentos apresentados pela Energisa à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que o valor do projeto (R$ 9 milhões) fosse reconhecido como investimento, podendo ser incorporado à tarifa de energia na próxima revisão tarifária, a partir de 2018.
“No caso do investimento neste projeto, o impacto para os clientes será praticamente nulo, considerando-se um universo de mais de 1,3 milhão de clientes em um período de cinco anos. Além disso, a troca dos padrões e medidores já é uma necessidade, uma vez que a maioria dos equipamentos está depreciada devido aos 17 anos de uso”, afirma o diretor Presidente da Energisa, Riberto Barbanera.
Riberto reforça ainda que cabe à concessionária de energia definir como será feito o investimento na rede, sempre pensando na melhor opção para o cliente. “Quando o investimento é necessário, o impacto na tarifa existe, mas sempre é feito com o aval da Aneel. Tínhamos que escolher entre usar o mesmo modelo de equipamento antigo, sujeito aos mesmos problemas de sempre, ou um padrão mais moderno. Preferimos a evolução”, afirma o diretor. “Além disso, nós sabemos que essa troca é uma demanda antiga, pois a aceitação dos medidores nos postes pela população mato-grossense nunca foi alta”, conclui.
Conheça como será o projeto piloto em Várzea Grande
As obras serão executadas por equipes de eletricistas e de construção, nos casos em que for necessário quebra e reparo de calçadas. A ação começará assim que os clientes dos bairros incluídos no projeto forem informados. “Tínhamos previsto o início ainda em junho, porém precisávamos antes conversar com algumas entidades, como o Procon e o Conselho de Consumidores de Energia Elétrica, o Concel”, explica Riberto. Gestores da Energisa estiveram no Procon no dia 3 de junho apresentando o piloto e se reuniram com o Concel na manhã de hoje (14). A coordenadora do Procon, Gisela Simona Viana, participou da reunião.
A substituição traz diversas vantagens aos clientes, entre elas:
· Maior segurança, pois a tecnologia reduz o risco de aquecimento dos componentes e dificulta o acesso de terceiros ao interior da caixa;
· Maior facilidade de leitura, reduzindo a possibilidade de erros;
· Facilidade de acompanhamento do consumo pelo cliente;
· Redução das interrupções de energia, pois são equipamentos mais novos e mais modernos, que apresentam menos defeitos;
· Redução da poluição visual, deixando a cidade mais bonita.
Histórico - O uso das caixas com medidores nos postes foi adotado em Cuiabá e Várzea Grande em 1999 e, com o passar do tempo, houve a degradação desses equipamentos, com o surgimento de problemas como vandalismo, embaçamento das lentes impedindo a leitura e degradação dos componentes, em função de sua forte exposição ao tempo, gerando queima e interrupções no fornecimento de energia.
Ainda não existe previsão para a substituição de todos os medidores que ficam instalados nos postes. Desde 2015, no entanto, a Energisa aboliu a execução de novas ligações neste padrão, instalando novos medidores em caixas individuais. Porém, a substituição de todos os equipamentos pré-existentes demanda planejamento cuidadoso, tanto da parte técnica quanto financeira. Após a conclusão do piloto em Várzea Grande, haverá uma análise do resultado antes da tomada de novas decisões.
A caixa do padrão usada neste projeto também é um piloto, que ainda não está disponível para comercialização, pois foi desenvolvido especialmente para a empresa em um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento. Essa nova caixa será avaliada durante a execução do projeto para, eventualmente, ser disponibilizada como uma futura opção para os consumidores em geral que preferirem, como vantagem adicional.
Bairros incluídos – Os bairros que fazem parte do projeto piloto de troca dos padrões em Várzea Grande são: Jardim Paula I, Jardim Paula II, Jardim Novo Horizonte, Jardim Ikarai, Nova Era, Nossa Senhora da Guia, Jardim Costa Verde, Planalto Ipiranga, Vila Ipase, Vila Pirineu, Jardim Imperador, Jardim Aeroporto, Vila Cannã, Nova Varzea Grande, Centro Sul, Centro Norte, Agua Vermelha, Vila Ipiranga, Jardim Panorama, Pampulha e 23 de setembro.
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