O comandante-geral do Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso, coronel Alessandro Borges, disse que haverá reuniões com donos de pousadas localizadas no Pantanal, em Poconé (104 km de Cuiabá), e com os prefeitos da cidades pantaneiras, juntamente com demais órgãos, para tratarem sobre ações de prevenção aos incêndios no bioma no período de seca. O coronel destacou também algumas outras ações que estão sendo desenvolvidas para evitar que novas tragédias ocorram neste ano no Pantanal, que desde 2020 tem sofrido com a devastação da fauna e flora. Também nesta quinta-feira (18) será assinado um termo de cooperação entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pelo mesmo propósito.
"Já organizamos reunião com o sindicato rural [de Poconé]. Estamos avançando em conversas e na orientação. No início de maio, vamos fazer uma grande reunião com as pousadas na região do Porto Jofre para tratar desses assuntos. São medidas que estamos tomando agora, estruturantes, para quando chegar o momento [estiagem], estarmos preparados, não só o Estado, mas também a comunidade daquela região, que são os responsáveis pelas pousadas como os proprietários da região, aldeias indígenas. A responsabilidade do Pantanal é de todos", descreveu o coronel.
No dia 25 de abril, o comandante bombeiro informou que havar uma reunião na Assoscição Mato-grossense dos Municípios (AMM), junto com o presidente Léo Bortolin, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a Casa Civil, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), prefeitos e secretários municipais de meio ambiente também para debete de estratégias de proteção do bioma.
Conforme o coronel Alessandro, dois pontos são considerados mais importantes no Pantanal: o Parque Estadual Encontro das Águas e o Parque Nacional do Pantanal, que abrande toda a área. Ele ainda destacou que mesmo sendo uma tragédia, os danos causados pelo fogo em 2023 foram de menor proporção e que o combate no local é dificultoso em razão das condições do terreno pantaneiro.
"Tudo no Pantanal é mais complicado pelo terreno. Apesar do nível d'água baixo [no período em que ocorre os incêndios], mas não consegue se deslocar no terreno, porque é muito fofo, movediço. Ano passado, tanto no Parque Nacional quanto no Encontro das Águas, foram fenômenos naturais, raios. Em outubro, começamos ter as chuvas irregulares com muitos raios e foi o que mais deu problema", explicou.
Conforme reportado pelo HNT, no estado vizinho, Mato Grosso do Sul (MS), onde se concentra a maior parte do bioma, foi publicado um decreto em decorrência das condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais. A reportagem procurou a Sema-MT e foi informada que um decreto semelhante será publicado no Estado até o fim deste mês de abril.
Além disso, como outra medida, também será assinado, nesta quinta-feira (18), o termo de cooperação entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, visando à união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. O ato que será no estao vizinho e contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
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