A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) informou que publicará um decreto de emergência ambiental em função da perspectiva de poucas chuvas em Mato Grosso. A medida já é uma das ações de prevenção aos incêndio florestais no período da seca, principalmente no Pantanal que, desde 2020, enfrenta grandes danos ambientais em razão das queimadas. A Pasta afirmou que a medida deve ser anunciada até o fim deste mês.
A declaração foi dada ao HNT. A Sema ainda afirmou que o plano conjunto entre Mato Grosso e Mato Grosso Sul, onde se concentra a maioria do bioma pantaneiro, também será assinado no dia 18 de abril. O acordo visa estabelecer ações conjuntas, entre elas os critérios para o uso do fogo no Pantanal, e as estratégias de monitoramento e resgate de animais silvestres. As medidas foram discutidas numa reunião realizada em Campo Grande (MS) entre a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti; o secretário da pasta de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, (Semadesc), e o secretário adjunto executivo da Sema-MT, Alex Marega.
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Em Mato Grosso do Sul, um decreto foi publicado e coloca o estado em emergência ambiental pelo prazo de 180 dias. Medida já foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) e foi tomada em decorrência das condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle sobre qualquer tipo de vegetação, segundo informou o governo de Mato Grosso do Sul.
Conforme já reportado pelo HNT, os principais afluentes do Pantanal, os rios Paraguai e Cuiabá, estão com os níveis abaixo da média. A situação coloca Mato Grosso e também Mato Grosso do Sul em alerta, em razão de o período chuvoso já ter começado, mas as precipitações ainda não serem suficientes para elevar o nível das águas nos rios.
Os dados são do boletim de monitoramento hidrológico da Bacia do Rio Paraguai do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e são captados por meio das estações de monitoramento instaladas nas regiões.
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INCÊNDIOS NO PANTANAL
Desde 2020, o Pantanal mato-grossense vem sofrendo com incêndios florestais que têm impactado a fauna e flora da maior planície alagada do mundo. Naquele ano, somente em Mato Grosso, 44.998 km2, que corresponde a 30% da área, foram devastados, conforme dados publicados na revista científica Fire. Além da devastação na flora, a fauna também foi destruída, com quase 17 milhões de animais mortos pelas queimadas.
Em 2021, a situação se repetiu, mas em menor intensidade, e 409.225 focos de queimadas foram contabilizados.
Em 2022, houve poucos registros de queimadas. Mas, em 2023, novamente os incêndios voltaram a consumir o Pantanal e 947.025 hectares do bioma foi queimado, conforme dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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