O movimento conhecido como cultura do cancelamento cresceu nas redes sociais e tem chamado atenção por suas proporções nos últimos tempos. Se posicionar sobre um determinado assunto, muitas vezes pode gerar um “linchamento virtual”.
E essa perseguição traz riscos à saúde mental de quem está sendo exposto, como explica o psiquiatra Manoel Vicente. O especialista comenta que ‘cancelar’ alguém na internet nada mais é do que um bullying de exclusão social que deixa sequelas permanentes.
“Se a gente está falando de algum famoso (que acontece na maioria dos casos), que trabalha com imagem, que tem recursos financeiros ela terá meios de superar essa perseguição. Mas, se o cancelamento atingir uma pessoa anônima, que está na rede social e é excluída dos grupos, isso tem um impacto muito grande e pode levar a quadros ansiosos e depressivos”, disse ao Hipernotícias.
O psiquiatra explica que a cultura do cancelamento é agressiva. Ele destaca que combater um erro fazendo apontamentos não é a melhor opção.
“Existem pessoas que se dedicam em cancelar outras por horas, como um comportamento compulsivo. Quando pego as suas falhas registradas na rede social e uso para te jugar, é aí que existe o problema e o julgamento", destacou.
Um dos casos sobre a cultura do cancelamento que ganhou notoriedade em Mato Grosso, foi quando a ex-miss Campo Novo do Parecis, Bruna Reis Figueiredo, debochou de um entregador de aplicativo. Em uma série de stories no Instagram, Reis ironizou o fato dele estar trabalhando de bicicleta. A modelo foi duramente criticada que logo após perdeu o título de miss.
Perfis fakes
O perfil de pessoas que praticam esse tipo de cultura de cancelamento é de usuários, que muitas vezes, se escondem atrás de uma tela de um computador ou de um smartphone. Esse anonimato serve de escudo para o ‘cancelador’.
“É muito comum que a maioria desses perfis de pessoas que agridem outros por comentários são fakes, onde não se tem ideia de quem é que seja, pois não tem informações, dados, localidade e até mesmo foto no perfil”.
Uma das formas de se proteger nas redes sociais, é manter o perfil da página bloqueado e aceitar apenas familiares e amigos. “Dessa forma evita que qualquer pessoa venha ser vítima dessas agressões, pois ela terá um certo controle de quem está na sua rede social”, concluiu.
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