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Polícia Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 11:07 - A | A

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Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 11h:07 - A | A

NOVA FASE DA "APITO FINAL"

Servidor da Limpurb é preso acusado de participação em esquema de lavagem de dinheiro do WT

Além dele, uma mulher que estava sendo usada como laranja também foi detida, comparsas do homem considerado o tesoureiro do CV no Estado

DA REDAÇÃO

Mais dois comparsas do 'tesoureiro' do Comando Vermelho em Mato Grosso, Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como 'WT', foram presos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil nesta terça-feira (14), em Cuiabá. As prisões são parte da 'Operação Apito Final'. Segundo a Polícia Civil, a apuração demonstrou que os investigados eram usados como 'laranjas' no esquema de lavagem de dinheiro liderado por WT.  Isso porque um dos alvos é servidor público da Empresa Pública de Limpeza Urbana (Limpurb) de Cuiabá e tem um salário bruto mensal de R$ 3.643,12.

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Conforme a investigação da GCCO, um homem e uma mulher eram utilizados como testas-de-ferro do tesoureiro da facção criminosa. Isso porque a dupla constava como proprietária de um apartamento de alto padrão na Capital. Contudo, quem passou a residir no imóvel foi Witer, logo após sair da Penitenciária Central do Estado (PCE), em dezembro passado, quando teve a progressão para o regime semiaberto autorizada pela justiça.

A GCCO apurou ainda que o comparsa, que é servidor público, não teria condições financeiras de adquirir um imóvel como o que constava em seu nome. Ele é contratado da Limpurb, em Cuiabá, e tem um salário bruto mensal de R$ 3.643,12.

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“Ou seja, todas as informações levantadas reforçam mais uma manobra do principal alvo da Apito Final em ocultar seu patrimônio criminoso”, comentou o delegado Rafael Scatolon.

Durante o cumprimento dos mandados, a equipe policial apreendeu na residência de um dos investigados um veículo Toyota Corolla, que teve mandado de sequestro determinado na primeira fase da operação.

EMBARAÇO À INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil apurou que dias antes da deflagração da Operação Apito Final, o servidor público foi ao apartamento de Paulo Witer e retirou do local objetos que pudessem comprometer o investigado principal.

Witer foi preso pela Polícia Civil no dia 29 de março, em Maceió (AL). Na mesma data, horas após a prisão, o atual investigado foi ao apartamento e saiu do imóvel carregando uma sacola com vários objetos, entre eles a tornozeleira, desativada em seu apartamento, minutos após a prisão de Paulo Witer.

Além de J.D.S.S., a investigação da GCCO identificou outro comparsa e ‘fiel escudeiro’ de Witer, P.V.G.A., que ficou incumbido em diversas ocasiões de movimentar a tornozeleira do criminoso como se ele estivesse em Cuiabá. Para isso, esse investigado ia ao apartamento, retirava o equipamento e o levava até o bairro Jardim Florianópolis nas ocasiões em que Witer estava em viagens ao litoral de Santa Catarina e Rio de Janeiro.

No dia 14 de março, a Polícia Civil apurou que a tornozeleira emitiu a localização em um colégio de alto padrão na capital, onde o investigado foi levar a filha de Witer, que estuda no local. Porém, nesta mesma data, Paulo estava em Santa Catarina. Antes da data em que foi preso em Maceió, a tornozeleira emitiu sinal de que o investigado principal se movimentou de seu apartamento para um shopping da capital, contudo, o equipamento estava com seu comparsa.

Além da movimentação criminosa do equipamento, foi constatado ainda que P.V.G.A. fez diversas movimentações bancárias por seus ‘serviços prestados, em quantias superiores a R$ 19 mil.

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OPERAÇÃO APITO FINAL

Em uma investigação que durou quase 2 anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.

A operação foi deflagrada no dia 02 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis. No bairro, Witer montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas e eventos esportivos.

A investigação da GCCO apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.

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