PSD lança candidatura de Brito em Cuiabá, mas ainda aguarda Galindo

O PSD de Mato Grosso formalizou na noite desta segunda-feira “o integral apoio do diretório estadual  e do nacional do partido”  à eventual candidatura do ex-deputado Carlos Brito “a prefeitura de Cuiabá em 2012". O anúncio foi feito pelo secretário-geral e pelo presidente do partido no Estado, deputado José Riva e vice-governador Chico Daltro, respectivamente, durante o 2º Encontro Regional do PSD, em Cuiabá, na seda da Associação Mato-grossense dos Municípios.

“Se o Brito resolver que quer ser candidato, tem o total apoio do partido e só depende dele, que é uma pessoa coerente, e não há ninguém mais preparado para representar bem e disputar essa eleição do que o Brito”, afirmou Riva, apontando que o partido estipulou até fim o deste mês de maio para a apresentação de nomes que queiram disputar o Palácio Alencastro.

Mayke Toscano/Hipernoticias José Riva e Chico Daltro, os dois maiores líderes do PSD em Mato Grosso, afirmam que se Carlos Brito decidir será candidato do partido

Daltro observou que uma candidatura majoritária do PSD na Capital é mais difícil de estabelecer, na comparação com outros municípios, mas disse que os social-democratas estão “tranquilos”, por ter um nome forte, capaz de encabeçar a disputa o Alencastro.

“O  Carlos Brito reúne todas as condições porque já demonstrou isso até como prefeito interino que foi de Cuiabá; também demonstrou na Assembleia e no Governo, portanto, ele está habilitado a representar nosso partido e a fazer um bom governo social- democrático para nossa capital”, reforçou Chico Daltro.

O PSD,  porém , está fazendo uma  avaliação interna nesse mês de maio, inclusive por meio de pesquisas qualitativas - e, principalmente obedecendo o prazo que vai até o próximo dia 30 -, para que o atual prefeito da Capital, Chico Galindo (PTB), resolva se disputará ou não a reeleição.

Riva deixou Brito visivelmente animado, mas ainda cauteloso, devido ao compromisso que o PSD tem com a gestão Galindo, onde ocupa três secretarias.

Para Brito essa é uma questão de lealdade,  já que detém a confiança de Galindo, uma vez que responde pela  Secretaria de Comunicação do município e ainda tem participado diretamente das últimas deliberações administrativas de Galindo.

Esse vínculo não passou despercebido pela perspicácia de Riva, o primeiro a declarar apoio a uma eventual candidatura de Brito.

“Ele (Brito) deu uma nova dimensão à gestão do prefeito Chico Galindo”, completou o secretário-geral peessedista.

As declarações de Riva e Daltro deixaram claro, no discurso, que o PSD está livre em Cuiabá, ou seja, não tem nenhum pré-acordo com o PMDB, conforme apontavam especulações de bastidores  que davam como certo o apoio à candidatura de João Dorileo Leal.

“Recebo com alegria essas declarações de apoio e como o deputado Riva disse, o PSD tem sido importantíssimo para essa recuperação causada na atual gestão municipal, mas acho natural que o PSD  trate isso obrigatoriamente com o prefeito, tanto por numa questão de lealdade, como também devido à aliança com o PTB”, argumentou Carlos Brito, frisando que se sente habilitado para ser o candidato do seu partido a prefeito de Cuiabá.

Contudo, a sensível mudança de gestão promovida no governo Galindo tem feito com que e o prefeito reavalie a possibilidade de concorrer á reeleição e Brito revelou que entend que isso é natural.

A última eleição disputada por ele foi para deputado estadual em 2006, pelo PDT, quando  obteve 30,8 mil votos, o que apenas rendeu a primeira suplência da coligação.

Depois disso, mesmo tendo assumido provisoriamente o mandato na Assembleia como suplente, Brito foi convocado para integrar o secretariado do governo Blairo Maggi e depois, a diretoria da antiga Agência da Copa (Agecopa), hoje transformada em Secretaria.

DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

O PSD possui estudos jurídicos internos que indincam que Carlos Brito poderá se desincompatibilizar do cargo de secretário municipal até quatro meses antes das eleições, desde que para concorrer a cargo majoritário (prefeito ou vice). Se fosse concorrer a cargo proporcional (vereador), o prazo seria de seis meses antes da eleições, que venceu em março. Nesse caso, para disputar para prefeito ou vice Brito teria que se desincompatibilizar até 6 de junho.

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