O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez uma visita institucional ao presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), nesta quinta-feira (4), para entregar o Plano de Mobilidade Urbana que vai nortear ações na cidade pelos próximos 30 anos. No entanto, o prefeito ignorou a proximidade do prazo final para a entrega da defesa à comissão processante que o investiga e pode cassá-lo por supostos desvios na Secretaria Municipal de Saúde. Fontes do HNT afirmaram que o documento não será levado por Emanuel, mas por uma comitiva de advogados, nesta sexta-feira (5), data limite para protocolar a defesa.
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A comissão foi aberta com 16 votos. Caso o parecer venha indicando a perda do mandato, seria necessário apenas mais um voto para cumprir o quórum. Emanuel Pinheiro disse que não atua nos bastidores junto aos vereadores para negociar votos ao seu favor. Ao explicar sobre o sua "despreocupação" sobre a pauta, o prefeito envolveu Chico 2000 como 'álibi' em suas explicações, falando que já se encontraram diversas vezes desde que o processo foi instaurado e nunca tocaram no assunto.
"O prazo é amanhã. Vou entregar amanhã. Quantas vezes tomamos cerveja Chico? Um monte. Nunca conversei. Eles (vereadores) estão até assustados. Vamos mostrar a verdade como ela é. O tempo e o futuro vão mostrar a verdade dos fatos, quem foi Emanuel como prefeito", disse o prefeito à imprensa.
Emanuel ainda lembrou que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) embargou o pedido de afastamento que o retirou do Palácio Alencastro neste ano. Conforme Emanuel, os vereadores se debruçam sobre "medidas que foram revogadas". À época, Pinheiro passou cerca de uma semana em Brasília, articulando pessoalmente com sua equipe jurídica o deferimento de habeas corpus para retornar ao cargo no Executivo.
"A comissão está em cima de algo que está suspenso, uma medida revogada pelo Supremo Tribunal de Justiça. Mas respeito a Câmara de Cuiabá, tudo tem o seu tempo", falou Emanuel.
PLANO DE MOBILIDADE
O Plano de Mobilidade Urbana de Cuiabá terá validade pelos próximos 30 anos e pode ser revisto a cada 10 anos. Entre as sanções, o documento contempla a criação de um novo distrito industrial e a transformação do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU) na Empresa Pública de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
"Fazemos aqui o protocolo perpétuo do nosso legado para o desenvolvimento urbano, econômico, social e administativo da Capital. Ao transformar o IPDU em empresa pública, damos a ele uma estrutura própria. Vou transformá-lo em autarquia para ter comando independente de influência política, para que a cidade possa ser pensada pelos próximos, 50 anos", explicou o prefeito.
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