O ministro da Educação, Milton Ribeiro, classificou como um ato de violência às crianças um professor discutir na sala de aula uma pauta envolvendo gênero. Durante discurso na inauguração da Escola Cívico Militar Maria Dimpina, em Cuiabá, o ministro disse que é papel da escola instruir e que cabem aos pais educar, repassar princípios e valores e que “não é professor qualquer que vai dizer a um menino de seis anos que, se ele quiser virar menina, ele pode virar”.
Segundo ele, isso não é pauta da escola, mas uma pauta ideológica, que inclui a discussão sobre a questão de gênero. No discurso feito na sexta-feira (1°) durante visita a Cuiabá, o ministro lembrou que não tem poderes para definir a linha pedagógica das escolas estaduais e municipais, muito menos para nomear professores ou decidir pela adoção deste ou aquele livro didático.
Entretanto, o Ministério da Educação pode dar diretrizes, apoiar projetos pedagógicos e sugerir livros que, em seu conteúdo, “o pai ou a mãe não vão encontrar coisas que dariam vergonha de folhear”. “Chega! Isso não vai mais ter no Brasil. Não enquanto o presidente for Jair Messias Bolsonaro e eu for ministro da Educação”, disse ele.
Segundo ele, o MEC não vai permitir assuntos “transversos”.
O ministro esteve em Mato Grosso nos últimos três dias em visita a Sinop, Rondonópolis e Cuiabá, quando esteve em várias unidades escolares e lançou as obras de conclusão do prédio do Instituto Federal de Mato Grosso, em Várzea Grande.
Ele garantiu, no mesmo discurso, que, nos próximos anos, a Educação deve contar com mais recursos porque não existem mais as “quadrilhas” que desviavam recursos de compra de carteiras, da compra de livros etc. “Isso acabou. Não faz parte da nossa gestão”.
Segundo ele, não há mais dinheiro para mandar para Cuba, Venezuela, África ou Argentina. “Primeiro, vamos cuidar do nosso povo. Isso, nós vamos fazer muito bem”. Para o ministro, daqui a alguns anos, o Brasil vai ter um impacto de qualidade na Educação porque as crianças, por escolha equivocada de gestões passadas, não estavam aprendendo a ler. “É a geração nem, nem (nem estuda, nem trabalha)”, criada com a intenção de deixar a todos na ignorância, obrigando as faculdades fossem obrigadas a dar reforço em algumas disciplinas. “Isso é uma vergonha.
Temos que correr para tentar a recuperar o mal que fizeram ao Brasil e estamos começando pela alfabetização”. Trezentos mil professores alfabetizadores estão sendo capacitados pelo site do MEC para atuar na alfabetização das crianças. “Esse é meu compromisso”.
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Paulo Mattos 04/10/2021
Própria imagem da incompetência que grassa no desgoverno Bolsonaro, esse Ministro da Educação (???), à exemplo de outros fanáticos que se assenhorearam do poder no Brasil, enxerga transversalmente tudo que acontece no Brasil, inclusive na educação brasileira, hoje tendente a ser exterminada por falta completa de políticas públicas voltadas a esse assunto. Não sou favorável que esse tipo de discussão (igualdade de gênero ou afins) seja matéria de discussão com crianças de 10 anos em escolas, e acredito que uma grande maioria de pessoas estejam alinhadas comigo nesse sentido. Mas esse Ministro incompetente, cujos feitos na educação brasileira são sofríveis, por incompetência, transcende o bom senso e a capacidade de interpretar o que seja educação, ensino, cultura, saber. O seu discurso é vazio, desproposital e em nada eleva a educação brasileira, já tão destruída por ele próprio e seus acólitos.
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