O governador e candidato à reeleição, Mauro Mendes (UB), negou qualquer falha da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) no caso do ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgato, preso por tráfico internacional de drogas. Segundo o governador, investigar a 'vida pessoal' dos membros do alto escalão foge da alçada da Pasta.
Indagado sobre a prisão de Borgato que foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por tráfico de drogas enquanto ainda era secretário, Mendes disse que o papel do Governo é investigar um secretário ou servidor se há indícios de crimes dentro da gestão.
“Não tem nada a ver. Quando veio a público, ele não estava mais no Governo. Na vida privada, não tem nada a ver com o setor público. Se fosse uma prática de corrupção dentro do Governo, a gente iria investigar, mas o que ele fez ou faz na vida privada, não me interessa. Imagina se a TV Centro América tivesse que investigar crimes da vida pessoal de cada trabalhador, sabemos que é possível ter criminosos aqui, mas isso não significa que seja culpa do diretor”, disse Mendes exaltado em entrevista ao telejornal MT1, nesta terça-feira (13).
Borgato assumiu a secretaria em janeiro de 2019. Ele foi exonerado no dia 31 de março e a publicação no Diário saiu dia 1º de abril. O MPF ofereceu denúncia contra o ex-secretário em maio por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e remessa irregular de divisas ao exterior.
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Além do escândalo da prisão do ex-secretário, Mauro comentou outras polêmicas em que envolve o seu nome como governador, como desmatamento, Fethab, VLT e BRT, infraestrutura, educação e o projeto de lei da energia solar.
Sobre a energia solar comentou sobre o projeto de isenção do ICMS da energia solar que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, porém ao chegar em suas mãos, Mendes não sancionou a Lei. Segundo o governador, os deputados querem que todos respeitem a Lei que criam, mas eles não respeitam a ‘lei das leis’.
“Não aprovei porque a constituição brasileira precisa ser respeitada. Ela diz claramente que não pode tarifa tributária, além de não ser competência da Assembleia Legislativa decidir isso. Uma Casa que faz Leis, querem que todos respeitem a deles, mas não respeitam a constituição”, questionou.
PRISÃO
Borgato foi preso no dia 19 de agosto deste ano durante a Operação Descobrimento da Polícia Federal (PF), que cumpriu nove mandados de prisão no Brasil e em Portugal. Foram 46 mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas. Segundo as investigações, Borgato é responsável por realizar o transporte de drogas para a Europa, junto à doleira Nelma Kodama e o membro do alto escalão da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcelo Mendonça de Lemos.
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