O presidente estadual do PRD em Mato Grosso, Mauro Carvalho, afirmou que vai travar debate com os aliados do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Eduardo Botelho (União Brasil), para emplacar o ex-secretário-adjunto de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Fellipe Wellaton (PRD), como vice da chapa. Mauro é estratégico e tem a filiação de Wellaton como o trunfo da sigla. Sem chapa para vereadores na Capital, por estar com o fundo eleitoral do partido bloqueado, ele aposta todas as fichas na projeção de Wellaton para não apagar a legenda durante o pleito. O presidente do PRD tenta puxar os votos do ex-secretário, que foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado em Cuiabá nas eleições de 2022.
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"Estamos em uma discussão grande com a vice. Temos um nome, que é o Felipe Wellaton, que já foi candidato a vice-prefeito, foi vereador, ex-secretário-adjunto e foi o terceiro mais votado como deputado federal. Tem todo um perfil de administrador, de gestor, uma liderança jovem que vai agregar muito nessa parceria com o Botelho. Essa discussão deve ser travada com o arco de alianças que apoia Eduardo Botelho. Essa é a nossa discussão em Cuiabá", afirmou Carvalho, nesta segunda-feira (10), à Rádio Capital.
Mauro explicou que o PRD enfrenta problemas jurídicos. Por ser oriundo de uma fusão entre o PTB e Patriotas, acabou "herdando" questões de ambos os partidos. Parte dessas situações implicaram no bloqueio do fundo eleitoral. Sem recursos próprios para investir nas campanhas dos pré-candidatos a vereador, foram montadas chapas em Várzea Grande e outras cidades do Estado. Porém, na Capital, foi necessário distribuir os filiados com potencial à Câmara em partidos parceiros fechados com Botelho.
"Com essa junção, herdamos todos os problemas do PTB e do Patriotas. Nosso fundo eleitoral está bloqueado hoje. Para você montar uma chapa em Cuiabá, por ser a capital, a primeira pergunta que faziam era sobre o fundo eleitoral. Todas as chapas que montamos no Estado, todo mundo sabe que o PRD está com o fundo eleitoral bloqueado. Mas, para Cuiabá, tivemos mais dificuldades. Não montamos aqui, mas montamos em Várzea Grande, Rondonópolis, Tangará, Sinop, Água Boa, na maioria dos municípios. Pegamos os candidatos do PRD e fortalecemos o arco de alianças que está apoiando Eduardo Botelho em Cuiabá. Pegamos os nossos candidatos e eles foram distribuídos no União Brasil e outros partidos também", esclareceu o presidente do PRD.
Por ser o ex-secretário-chefe da Casa Civil do governador Mauro Mendes (UB), quando Mauro Carvalho deixou o staff do Palácio Paiaguás para assubir o PRD, as especulações de bastidores classificavam o novo partido como um "puxadinho" do União Brasil. Carvalho negou e disse que a legenda tem suas próprias ambições.
"O PRD tem a sua identidade, autonomia e independência. Ele não é puxadinho de nenhum partido em Mato Grosso e nem no Brasil. Aqui nós caminhamos com nossas próprias pernas. Haja vista que o PRD lançou candidato a prefeito contra o União Brasil, PL, Republicanos, PSD, PSB e MDB", argumentou.
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