A jornalista e servidora da Assembleia Legislativa, Deisy Boroviec, registrou um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (21), em Cuiabá, após sofrer ameaças de morte no Facebook feitas por um eleitor do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), que acusou a profissional de publicar “fake news” desfavoráveis ao “capitão”.
Aos policiais militares, a jornalista informou que atua no livre exercício da atividade jornalística, que trabalha com fatos e de maneira ética, colocando que as acusações são completamente inverídicas.
O suspeito teria 25 anos. Antes de fazer as ameaças, ele adicionou três familiares de Deisy na rede social. Curiosamente, os três declaram apoio à esquerda durante o pleito. O fato chamou atenção da jornalista, que acabou tendo conhecimento de que o homem estava difamando seu trabalho neste domingo, quando saía do Hospital de Câncer. Ela acompanhava o pai, que ficou internado na unidade num período de três dias.
O suspeito afirmou em uma publicação que Deisy usou do cargo público e da "máquina estatal, para enganar eleitores através de suas fake news contra o presidente". Não satisfeito, ele ainda deixou vários comentários aterrorizantes no perfil da jornalista.
“A tua batata está assando, mocreia petista. O meu grupo aí em Cuiabá já sabe onde você trabalha e o teu horário. Toma cuidado que acidentes e roubos toda hora acontecem. Onde você mora sempre olhe para os dois lados da rua! Quer continuar difamando o presidente Bolsonaro, vaza então para Bahia, ou Ceará, que é lugar de vagabundos, socialista metida a intelectual”, escreveu o eleitor bolsonarista.
Ao HNT, a jornalista relatou que usou suas contas pessoais na Internet para defender seu posicionamento. Ela ainda afirmou que nunca fez campanha ou disparou fake news no exercício de sua profissão. "Sou jornalista há 24 anos em Mato Grosso. Entrei na ALMT em 2014, por meio de concurso. Ele falou que usei do cargo público para fazer campanha para o Lula. Eu usei as minhas redes sociais para defender um posicionamento. Eu tenho consciência de classe e sou trabalhadora. Como mulher, me senti humilhada pela forma como ele se colocou. Me senti aterrorizada com a ameaça de morte. Eu senti que ele queria me calar", contou Deisey.
Ainda conforme a profissional, no período que acompanhou o pai no Hospital de Câncer, presenciou diversos relatos de profissionais que estavam incomodados com a manifestação antidemocrática que ocorreria em frente à 13ª Brigada do Exército. "De pacífico só o oceano. Eu ouvi de uma profissional que ela tinha batido o carro em um veículo e que havia ficado com receio. Quando Lula ganhou, os petistas, gente que crítica o atual governo, teve que comemorar em silêncio. É muito claro que os bolsonaristas são perigosos", lamentou.
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Márcio Aurélio Gomes 23/11/2022
Nobre profissional, fezcero ao denunciar mais um rato BOZORETARDADO, faz parte dessa bolha criada e mantida pelo Clã BOZONARO e sua FAMILÍCIA e seus asseclas. Nojo dessa raça. Que triste para nossa história ???????????????? CADEIA NELES ????????????
Jonas da Silva 22/11/2022
Minha solidariedade a vc Deisy. Esses insanos, com falta de noção vão ter que parar ! Cobram liberdade, cobram livre manifestações, legítimas, quando não antidemocráticas. Mas o direito é só pra eles... Vamos nos livrar dia 31/12 dessas pessoas que não respeitam a ideia, não respeitam as pessoas e nem a opinião dos outros. Chega de violência contra profissionais jornalistas. #fascistasnaopassarao #liberdade #livreexpressao #jornalistastemvoz
Mateus de Souza Santos 22/11/2022
É inaceitável deixar o país refém do fascismo sob conivência institucional.
Mateus de Souza Santos 21/11/2022
Bandidos da pior espécie! Não podem, de jeito nenhum, ficar impunes e livres para lançar suas ameaças. As instituições brasileiras precisam a aprender a lidar de forma séria com esses terroristas de extrema direita. MP, Judiciário, polícias! Já se faz hora de agir para proteger o Estado de Direito! É tudo o que temos!
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