O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta segunda-feira (17) que a Câmara Municipal irá propor um projeto de plebiscito para ouvir a população sobre a troca do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para o BRT (em português, ônibus rápido no trânsito). Emanuel, que é contra a implantação do BRT, defende que a população cuiabana precisa ser ouvida sobre a troca do modal.
Durante uma audiência pública sobre o assunto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em fevereiro deste ano, Emanuel defendeu a ideia de um plebiscito para decidir sobre a implantação do modal em Cuiabá e Várzea Grande. A ideia foi apresentada pelo deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PRTB), popularmente conhecido como Emanuelzinho.
LEIA MAIS: Prefeito defende realização de plebiscito para que população decida sobre modal
“Eu já conversei com a minha base, o meu líder [o vereador] Mário Nadaf, o presidente da Câmara, Juca do Guaraná, e nós vamos pedir um plebiscito, já que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) não atendeu ao pedido do deputado federal Emanuelzinho. A Câmara de Várzea Grande pode fazer outro. Nós vamos fazer, vamos ouvir o que pensa as duas populações, é uma alternativa”, declarou.
A troca do VLT pelo BRT foi anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM) em dezembro do ano passado. Contudo, Emanuel alega que a população de Cuiabá não foi ouvida. Além da ALMT, o Governo de Mato Grosso e a Câmara de Cuiabá já realizaram audiências públicas para debater a questão.
Apesar do pedido de plebiscito no Legislativo municipal, Emanuel ressaltou que a medida pode não ter valor jurídico, ou seja, o Governo pode manter legalmente a decisão de implantação do BRT.
"Por que tanto medo de ouvir a opinião popular? Porque tanto medo de consultar o povo, depois de uma mudança radical, depois de oito anos querer mudar sem ouvir ninguém, e de forma inexplicável, sem projeto base, sem projeto nenhum? Nós vamos pedir um plebiscito em Cuiabá, vamos ver se Várzea Grande concorda também com o plebiscito lá", pontuou.
“Se [a medida] tem valor jurídico ou não é outra discussão, isso é outra coisa que vamos ver lá na frente. O mais importante de tudo é o valor democrático, a gente saber o que pensa a população cuiabana e a população várzea-grandense sobre o sistema de transporte que pode mudar a sua vida”, finalizou.
Na última semana, o Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem) aprovou por maioria a substituição do VLT pelo BRT. A relatoria do processo ficou sob a responsabilidade do prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), deu parecer favorável à implantação do BRT.
LEIA MAIS: Conselho aprova implantação do BRT na região metropolitana
Mudança do VLT para o BRT
Em dezembro do ano passado, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a troca do VLT para o BRT. Segundo Mendes, a ordem de serviço do BRT prevê a conclusão da obra em até 24 meses pelo custo de R$ 430 milhões, com a aquisição de 54 ônibus elétricos.
LEIA MAIS: Mendes desiste de VLT e anuncia BRT em Cuiabá e Várzea Grande
O governador afirma que a troca é mais viável e econômica ao Estado. De acordo com os dados levantados pelo Executivo, o BRT terá a tarifa estimada em R$ 3,04, enquanto o VLT deve chegar à população por R$ 5,28, com um custo de R$ 763 milhões.
Até o momento, Mato Grosso já pagou R$ 1,08 bilhão pela obra, que deveria ter sido entregue na Copa do Mundo de 2014.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.