O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou nesta quinta-feira (04), durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que irá lutar por um plebiscito em relação à troca do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para o BRT (em português, ônibus rápido no trânsito). Para o chefe do Executivo, a população é quem deve decidir sobre o modal e não o Governo do Estado.
“A prefeitura, a partir de hoje, vai abraçar a causa da ideia lançada pelo deputado federal Emanuelzinho, pelo plebiscito já. Ouvir quem é o grande interessado, que é o povo cuiabano e o povo várzea-grandense, uma consulta popular e plebiscitária. São eles os maiores interessados no transporte moderno, sustentável, digno, de qualidade, que vai escrever uma nova história no transporte de massa na nossa capital, na nossa cidade vizinha [Várzea Grande], no nosso Estado”, anunciou.
Para que a consulta popular ocorra é necessário que pelo menos oito deputados aprovem a medida. Durante o discurso no Legislativo, Emanuel fez um apelo ao presidente da ALMT, Eduardo Botelho (DEM), para que aprove o plebiscito. Além disso, o chefe do Executivo afirmou que irá conversar na próxima sexta-feira (5) com o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), sobre a possibilidade da consulta ao povo sobre o modal.
Emanuel pediu ainda ao deputado Valdir Barranco (PT), que conduziu a audiência pública, para que requisite o plebiscito na Casa de Leis.
“Vou procurar o Kalil amanhã, para que possamos assumir essa bandeira. [...] Botelho, por favor, vai aqui um dos últimos pedidos do seu colega, pelo menos dê essa oportunidade ao povo cuiabano e ao povo mato-grossense. Se oito deputados assinarem o plebiscito, o Governo do Estado e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) são obrigados a colocar o plebiscito em Cuiabá. Deputado Barranco, seja autor dessa proposta do deputado federal Emanuelzinho”, justificou.
Ao argumentar pelo plebiscito, o prefeito leu o artigo 6º da Constituição Estadual, que prevê as normas da votação popular. Caso os deputados aprovem a medida, o TRE possui um prazo de 90 dias para convocar o plebiscito.
Entre as vantagens citadas por Emanuel está uma campanha na TV, rádio e mídias digitais de quem é a favor e contra a implantação do BRT. Para o prefeito, a população poderá conhecer as vantagens e desvantagens do modal.
“Vamos supor que o TRE defina o plebiscito em 30 dias. Durante 30 dias, vai ser uma campanha eleitoral da TV, nas mídias virtuais e nas rádios como uma campanha eleitoral de 5 minutos para quem é a favor e 5 minutos para quem é contra. Vamos poder democratizar o debate para quem interessa [...] aí vão poder esmiuçar tecnicamente, debater, mostrar tarifa, mostrar subsídio, mostrar onde está dando certo e errado, a operacionalização, mostrar tudo”, argumentou.
Mudança do VLT para o BRT
Em dezembro do ano passado, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a troca do VLT para o BRT. Segundo Mendes, a ordem de serviço do BRT prevê a conclusão da obra em até 24 meses pelo custo de R$ 430 milhões, com a aquisição de 54 ônibus elétricos.
O governador afirma que a troca é mais viável e econômica ao Estado. De acordo com os dados levantados pelo Executivo, o BRT terá a tarifa estimada em R$ 3,04, enquanto o VLT deve chegar à população por R$ 5,28, com um custo de R$ 763 milhões.
Até o momento, Mato Grosso já pagou R$ 1,08 bilhão pela obra, que deveria ter sido entregue na Copa do Mundo de 2014.
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