O deputado estadual Wilson Santos (PSD) classificou como 'periódicos' os episódios de mortandade de peixes nas proximidades de usinas hidrelétricas, como o que ocorreu no Rio Teles Pires, trecho da UHE Sinop (480 km de Cuiabá), nesta semana. Wilson participa da instalação de um observatório da pesca que, segundo ele, tratará do problema, dentre outros assuntos.
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"Queremos ouvir autoridades científicas, pessoas que estudaram, que trabalharam, que entendem do assunto. Não é o nosso caso. Queremos ouvir quem entende do assunto para que as pessoas possam propor ações concretas para evitar esse tipo de desastre que acontece periodicamente, provocado pelas hidrelétricas que cumprem um papel importante, mas a gente vê sempre a preocupação com lucro", declarou em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (14).
Para o parlamentar, as hidrelétricas precisam encontrar maneiras de operação que não causem danos ao meio ambiente.
"Esses empreendimentos precisam amarrar fórmulas e ações que evitem essas mortalidades. É uma escada para peixe? Não sei. Eu não sou especialista no assunto. Então o Observatório da Pesca vai ouvir as autoridades que nós temos aqui no Mato Grosso. Nós temos doutores em peixes na Unemat. Temos pós-doutores de peixe aqui na UFMT. O que não dá é pra gente estar sempre, periodicamente, sendo surpreendido pela mortalidade de peixes causada pelo mau funcionamento das usinas", disse.
Wilson Santos também teceu críticas à política implementada pela lei da pesca que proíbe o comércio, transporte e armazenamento de uma dúzia de espécies de peixes em Mato Grosso pelo prazo de cinco anos.
"É um absurdo! Mato Grosso é o único estado que proíbe a pesca profissional das 12 espécies mais comerciais por cinco anos. E na outra ponta você vê a mortalidade periódica. E o que acontece? A Sema vai lá e multa, depois a Sema vai lá e perdeu a multa", disparou.
Conforme já reportado pelo HNT, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sem) está apurando a morte dos peixes no local e já solicitou relatórios sobre o ocorrido. A Sinop Energia, empresa que opera a UHE, se manifestou por meio de nota dizendo que não há evidências que a morte dos peixes esteja relacionada ao funcionamento do empreendimento.
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