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Política Domingo, 13 de Novembro de 2022, 11:15 - A | A

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Domingo, 13 de Novembro de 2022, 11h:15 - A | A

ENTREVISTA HNT

Com 27 anos e eleito pela 2ª vez, Emanuelzinho quer exercer mandato voltado ao municipalismo e recuperação econômica

Em entrevista ao HNT, o deputado federal falou sobre o novo mandato, a relação entre o novo governo e a bancada mato-grossense e os planos políticos para 2024 e 2026

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

Com apenas 27 anos, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) inicia, em 2023, seu segundo mandato na Câmara. Ao HNT o parlamentar afirmou que nos próximos quatro anos continuará dando prioridade às pautas municipalistas e que o "carro-chefe" do seu trabalho será a retomada econômica do Brasil. Animado com as medidas prometidas por Lula (PT), que garantem injetar dinheiro nas classes mais empobrecidas, Emanuelzinho acredita na retomada de uma economia dinâmica. Com 2024, e até 2026, fora do radar, o deputado também contou à reportagem suas perspectivas sobre a relação da bancada federal de Mato Grosso com o presidente eleito, de Lula com as demandas do Estado e das críticas do governador Mauro Mendes (UB) às medidas de redução de impostos do Congresso. Leia a seguir. 

Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Emanuelzinho

 

HNT:  Quais pautas serão prioritárias no seu novo mandato?

As prioridades são de ordem municipalista, justamente devido a uma fragmentação do pacto federativo. Ou seja, a forma como os impostos são divididos no Brasil, que prejudica a receita dos municípios. Muitos impostos são pagos pelos munícipes e esse retorno não vem na mesma proporção e, com isso, é importante a parceria com deputados estaduais e federais para garantir os investimentos em saneamento básico, revitalização e construção de novas escolas, revitalização e construção de novas unidades de saúde, assistência social e tudo mais. Além disso, a busca que temos aqui, juntamente às comissões, para que a gente possa realizar o pacto federativo a partir da reforma tributária na partilha das receitas entre governofFederal, estados e municípios (...) Além dissom a outra pauta prioritária, e que eu acho que ela é o carro-chefe, é a retomada econômica do Brasil (...) A gente tem que buscar uma retomada econômica que nos faça voltar a crescer e, com isso, diminuir taxa de desemprego, garantir o desenvolvimento da economia e distribuição de renda. Para isso, a gente precisa das medidas que vão injetar dinheiro na economia, vão aumentar a possibilidade de consumo com os programas sociais que vão beneficiar as famílias mais humildes e vão dar dinâmica à economia brasileira. 

HNT: Mato Grosso elegeu uma maioria de deputados que fazem ferrenha oposição ao novo governo. Como o senhor avalia a nova bancada? Acredita que haverá oposição consciente, ou que os discursos “eleitoreiros” serão mantidos? 

Com relação à bancada de Mato Grosso, é a bancada que Mato Grosso escolheu. Não cabe a mim criticar ou elogiar a bancada que foi eleita. A bancada está dada e nós temos que trabalhar com os colegas. Eu acredito que muitos deles, até por sobrevivência política, por terem se elegido juntamente com o presidente Bolsonaro, vão ter que manter, até por coerência, um trabalho de oposição ao presidente Lula, mas um trabalho de oposição feito sem espetáculo, feito tecnicamente, ajuda muito o governo a acertar, principalmente pela pressão que se exerce, que muitas vezes passa batido porque o orçamento do governo federal é muito grande. Então, eu acredito que os parlamentares de Mato Grosso têm tudo para serem parlamentares positivos. Uma oposição que ajude o Brasil e, quem sabe durante o período, um parlamentar ou outro da bancada mato-grossense possa se identificar com as pautas que estarão sendo trabalhadas com o presidente Lula e possam, eventualmente, integrar a base do governo, mas isso é um trabalho de médio prazo.

HNT: Em Mato Grosso, a maioria do eleitorado também é bolsonarista e vivemos aqui uma forte onda de protestos e rejeição ao governo eleito. O senhor acredita que essa resistência pode, de alguma forma, impactar nas tratativas com o governo federal para angariar recursos e investimentos para o Estado?

Eu divido muito as manifestações entre aqueles que são bolsonaristas, entusiastas do presidente Bolsonaro, e aqueles que são da extrema direita radical. Porque entre os bolsonaristas tem muita gente que vota no presidente Jair Bolsonaro em oposição ao presidente Lula, por entusiasmo no resgate de valores nacionais que o presidente Bolsonaro buscou liderar nos últimos quatro anos e que não estão pedindo intervenção federal, estão apenas manifestando sua indignação, sua revolta porque não queriam esse resultado. Já a extrema direita é quem tem pedido intervenção militar, um estado aí de exceção, que não pode e nem deve ocorrer. Como eu tenho dito, descontentamento, ok, mas pedido de intervenção militar ou de desvalidação do resultado das urnas, de maneira nenhuma. Até em uma analogia, seria como se a gente fosse a um jogo de futebol e perdesse e a gente invocasse a CBF para que anulasse o jogo. Não é assim que funciona a democracia. A democracia tem regras e o presidente Lula sempre mostrou, em oito anos de governo, que é um presidente extremamente democrata e ele sabe que Mato Grosso tem uma função importante na balança comercial brasileira, então, ele não vai se pautar por isso. Ele vai olhar todos os mato-grossenses que precisam do gverno federal e precisam da atuação do presidente da República para que o Estado se desenvolva.

Alan Cosme/Hipernotícias

emanuelzinho convencao

Alan Cosme/Hipernotícias

HNT: Recentemente, o governador Mauro Mendes colocou a culpa no Congresso pelo “aperto” nas contas do Estado em 2023. Como o senhor avalia isso? 

Não concordo com o governador Mauro Mendes, porque o que o Congresso aprovou foi a redução do ICMS dos combustíveis. Uma medida encontrada para que pudesse, temporariamente, diminuir o preço dos combustíveis no Brasil. Claro que gerando uma queda de receita prevista nos estados brasileiros, mas tendo em vista que a maioria dos estados está caminhando bem, não se enxergou problema nisso. O governador Mauro Mendes não pode colocar essa culpa na bancada federal, até porque grande parte da gestão que ele fez nos últimos quatro anos foi a partir da elevação brutal de impostos sobre produtos, bens e serviços, especialmente a partir da elevação do ICMS (...) Uma série de medidas que provocaram a elevação da receita. Eu vejo que houve um equilíbrio aí, se ganhou de um lado, se perdeu de outro e Mato Grosso continua caminhando bem. É hora de todo mundo, neste momento, tanto da União quanto do governo do Estado e dos municípios, poderem se reorganizar para que a população brasileira possa ter um momento de relativa paz econômica.

HNT: O senhor foi reeleito com votação expressiva, estando entre os mais bem votados das eleições de 2022. Acredita que isso te qualifica para disputar as eleições de 2024? Existe algum projeto nesse sentido? E, se sim, a prefeitura de Cuiabá é uma possibilidade?

O ano de 2024 não está no meu radar. Graças a Deus, o povo mato-grossense me deu a oportunidade de, agora, aos 27 anos de idade, estar no meu segundo mandato como representante do povo. Eu estou muito feliz, com muita responsabilidade dentro do meu coração para poder representar com qualidade o povo de Mato Grosso nesses próximos quatro anos. Não está no meu radar 2024, estou extremamente focado nos próximos quatro anos e não sei nem, inclusive, se vou à reeleição. Com quatro anos que estão se encerrando agora e mais quatro anos futuros, eu terei já oito anos que poderei ter contribuído para o Estado de Mato Grosso. Tive dois projetos aprovados, foi vice-líder do MDB, vice-líder do PTB, presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e tudo isso resultou em benefício para o estado de Mato Grosso e para a nação brasileira. Então, não sei, inclusive, se vou à reeleição. Tenho que me dedicar à minha família, tenho uma filha pequena e tenho que cuidar da minha vida particular porque não se pode viver da política, política é uma vocação. Para resumir, deixar em palavras concretas, provavelmente 2026 não está nos meus planos o projeto de reeleição.

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