A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) vai romper o contrato de consumo de combustível com a rede de postos Amazônia Petróleo, de propriedade dos empresários Gércio Marcelino Mendonça e Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça. Por mês, a AL gasta cerca de 100 mil litros de combustível para atender os veículos a serviço dos 24 deputados, o que resulta em despesa de R$ 3.840.000,00 por ano.
Tanto Júnior Mendonça, quanto o pai são citados na quinta fase da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal no dia 20 de maio, por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso. Júnior é o delator do esquema.
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O fato de a empresa estar no centro das investigações do esquema clandestino de arrecadação ilícita para grupos políticos, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e desembargador do Tribunal de Justiça, motivou a decisão do deputado Romoaldo Júnior em romper o contrato de fornecimento de combustível para o Legislativo.
Segundo o parlamentar, cerca de 100 mil litros de combustível são consumidos por mês para atender os veículos a serviço dos 24 deputados, já o consumo dos demais setores da ALMT não foi revelado por Romoaldo. A estimativa é que o Legislativo de Mato Grosso tem uma despesa de cerca de R$ 3.840.000,00 por ano com o abastecimento dos veículos a serviço dos parlamentares mato-grossenses.
CONTRATO SOB SUSPEITA
Em 2013, o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um processo de investigação sobre os gastos da Assembleia com combustíveis. O ponto de partida para a investigação foi um relatório da auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que identificou no ano de 2012, gastos superiores a R$ 12,7 milhões com o abastecimento dos veículos do Poder Legislativo Estadual.
À época, os auditores consideraram o consumo anual de mais de 4,2 milhões de litros de combustíveis como excessivo. De acordo com os cálculos executados pelo TCE, cada carro da frota oficial da ALMT teria que rodar aproximadamente 1.700 quilômetros por dia para consumir todo o combustível adquirido.
Já em 2012, as contas da Assembleia Legislativa foram aprovadas com ressalvas, o TCE recomendou a ALMT a redução dos gastos nesta área, bem como a adoção do sistema informatizado de abastecimento da frota.
OUTRO LADO
Várias ligações foram realizadas para a Assembleia com objetivo de colher informações acerca da quantidade de veículos a serviço da Assembleia Legislativa e o consumo de combustíveis da AL, de que forma os contratos com a Amazônia Petróleo foram realizados.
O secretário-geral da Casa, responsável pelas contas do Legislativo, Luiz Márcio Bastos Pommot, foi indicado pelo presidente da AL como servidor para passar informações. Desde sexta-feira (6), Bastos foi procurado, mas até o fechamento desta reportagem ele não atendeu e nem retornou as ligações.
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joaoderondonopolis 10/06/2014
O Ministério Público deveria fazer uma investigação, já que o MP defende a sociedade. É pura roubalheira.
Dornele$ 10/06/2014
Todo mundo só compra deste posto. E viva Riva e seus esquemas!
Deixa que eu chuto 10/06/2014
Acredito que haja um equívoco na matéria. Fazendo as contas temos que 100.000 L/24 dep = 4166,67 L/dep, supondo que um carro faça 6 km/L, temos que cada deputado anda 25.000 km/mês. Para que isso ocorra é necessário andar 833,33 km/dia, sem nenhum dia de folga. Caso isso ocorresse, que horas seriam as sessões da Al? Se esse número foi repassado pelo Deputado, deveria haver explicação dessa nova possibilidade física de estar em dois lugares ao mesmo tempo, pois mais uma vez o Estado do MT poderá mostrar seu pioneirismo ao mundo.
joaoderondonopolis 09/06/2014
Uma entidade que não constrói um metro de muro, não compra um comprimido apracur, gastar 100.000 litros de combustíveis por mês, com esta quantidade de combustíveis daria para ir a LUA e voltar a TERRA que ainda sobraria combustíveis. É brincadeira. A PF deveria fazer uma investigação.
joao ferreira 09/06/2014
PURA REVANCHE...TOMARA QUE JUNIOR MENDONÇA FALE MAIS...TIPO SUPERFATURAMENTO NO CONTRATO DO COMBUSTIVEL..E OUTRA COSITAS MAIS.
5 comentários