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Política Domingo, 05 de Junho de 2016, 11:03 - A | A

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Domingo, 05 de Junho de 2016, 11h:03 - A | A

CRISE DA RGA

“A população já percebeu que o governo age de forma impositiva”, diz cientista político

FERNANDA ESCOUTO

“A população já percebeu que o governo age de forma impositiva”. A afirmação é do cientista político João Edisom, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), sobre um possível desgaste na administração Pedro Taques (PSDB), causado, principalmente, pela falta de pagamento da Revisão Anual Geral (RGA) dos servidores públicos.

 

Divulgação

joao edisom

 

Conforme o cientista político está ocorrendo um fenômeno no estado, pois a população em geral está contra o movimento dos servidores, mas também não aceita a forma de comunicação utilizada pelo governo no gerenciamento desta crise.

 

“A gente conversa com as pessoas e todo mundo fala que o governo não dialoga, age de forma impositiva, mas a população também está cansada dessa mistura do Poder Público com a política, que é o que sindicatos trazem. Afinal, não é surpresa para ninguém que a maioria dos sindicatos são partidários”, disse.

 

Outro problema apontado por João Edisom nesse imbróglio com os servidores foi o posicionamento do próprio governador, que tomou frente da negociação, deixando o Estado sem um “amortecedor”.

 

“Quem conversa com a categoria é o governo e não o governador, esse é o processo lógico. Mas aqui colocaram o governador direto. O Taques deveria ter entrado por último, na minha concepção”, pontuou.

 

Para o cientista político, a solução para resgatar o governo desta crise seria “blindar” menos o chefe do Executivo, deixando-o ouvir mais a sociedade.

 

“Ele tem que mostrar a realidade do Estado, apresentar os dados. O que não pode é ser goela abaixo, pois nessa briga todo mundo tem razão. O Taques está blindado demais ou não está dando liberdade para os secretários”.

 

Apesar da crítica à atual gestão, o professor salienta que as coisas ainda podem melhorar e que é uma irresponsabilidade comparar esse governo com o anterior.

 

“Os que dizem que estão com saudades do Silval Barbosa cometem um absurdo, chego a considerar uma safadeza”, finaliza.

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Everson 06/06/2016

Aposto que todos os comentários anteriores são de servidores públicos descontentes pelo RGA. Pois bem, sou apenas um trabalhador de empresa privada e cidadão comum e darei a minha opinião. Na empresa privada, recebemos apenas um ajuste salarial anual (que no meu caso foi de 6%) e até onde tenho conhecimento, as categorias publicas também tiveram este ajuste este ano (a civil se não me engano foi de 10%). O RGA é um direto do servidor pois está em na CF!! Beleza, direito é direto, porém, o direito de uma parcela não sobrepõem o da maioria. E a maioria hoje padece nos hospitais, nas escolas, nas ruas, etc... O estado está falido, sem dinheiro, devido a má gestão anterior (Silval Barbosa). O governador age de forma impositiva, age!! No entanto, entendo que ele está querendo resolver o problema financeiro em que ficou este estado. Ele está buscando recursos, investidores, alianças para fortalecer este estado que ficou desacreditado no exterior devido a roubalheira que houveram. Como pagador dos meus impostos e acho que 6% e mais do que justo. Servidor publico não é melhor do que ninguém para receber correções inflacionarias. Eu e muitos outros trabalhadores não tiveram isso. Então tomam vergonha na cara e voltam ao trabalho, pois os cidadães estão padecendo sem ter culpa nesta briga.

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Lauro Portela 05/06/2016

Acho que cientistas políticos são aqueles formados na área. Mas... Bom, sindicatos são a institucionalização das demandas do trabalho face ao capital. Como lidam com políticas, sindicatos estão dentro da luta política. Inclusive faz parte da estratégia sindical. Se fosse cientista político saberia acerca de Weber e a "jaula de ferro" da modernidade; conheceria Robert Michels, por exemplo. A análise seria mais ampla, não um palpite óbvio acerca da imposição por parte do governo. Obs. Estou printando o meu comentário para o caso de ser esquecido pelo editor do portal, ou ser considerado "ofensivo".

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Carlos Nunes 05/06/2016

Pois é, estão errando a nível nacional e a nível estadual: 1) Ao Temer e ao Henrique Meirelles, só caberia fazer um plano econômico emergencial, para levar o barco da Economia de 2016 até 2018, só isso; teria que fazer só uma pergunta: No curto prazo, o que é o melhor para o POVO BRASILEIRO? Reformas estruturais, mexida em Previdência, direitos trabalhistas, etc, só a partir de 2018, quando os candidatos nas campanhas presidenciais vão discutir e vai ganhar a eleição aquele que apresentar a melhor proposta. O governo Temer que é que pensar no curto prazo e fazer "um feijão com arroz bem feito" com honestidade. 2) Ao Taques, caberia se conscientizar que o dinheiro é curto, mas as promessas já feitas devem ser cumpridas...se prometeu o pagamento do RGA para os servidores, tem que cumprir, pois como dizia o Roberto França: Prometer e não cumprir, é pior do que mentir. Deveria ter chamado a Imprensa toda, e aberto o caixa do governo verdadeiramente, para informar "tem ou não tem dinheiro; fere ou não fere a LRF". Se podem ser adotadas medidas de contenção de despesas, e tem dinheiro para pagar, não fere a LRF...paga mesmo parcelado tudo em 2016, e não fica enrolando. O dinheiro do RGA, mais de 600 Milhões de Reais até o final do ano, vai ser ótimo para a Economia Regional, pois vai circular por aqui mesmo, aquecendo as vendas no Comércio e demais setores, e até aumentando a arrecadação dos governos federal, estadual e municipal.

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