O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Civil de Goiás e a Casa Civil Federal não explicaram o apoio dado pelas autoridades policiais goianas na operação que terminou em morte e caos no garimpo localizado na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (444 km de Cuiabá). A ação foi conduzida sem nenhuma participação da Polícia Civil de Mato Grosso ou outras forças de segurança do Estado.
Durante a fiscalização e tentativa de abordagem, na última sexta-feira (1º), houve confronto entre os agentes e um garimpeiro. À ocasião, segundo as autoridades, uma caminhonete avançou perigosamente contra a equipe, provocando a reação dos agentes.
Martins Filho dos Santos, de 52 anos, foi baleado e chegou a ser socorrido de helicóptero pelo Corpo de Bombeiros Militar, mas não resistiu aos ferimentos.
Além da morte, caminhões utilizados, em tese, na atividade ilegal foram incendiados. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram imóveis pegando fogo. O incêndio teria sido iniciado por agentes descaracterizados. Em outros vídeos, moradores da região denunciam as supostas arbitrariedades.
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A OPERAÇÃO
A operação faz parte de uma ofensiva nacional contra a mineração ilegal em terras indígenas e tinha o objetivo de reprimir a atividade criminosa em um dos territórios mais afetados do país.
Com uma área de 67 mil hectares e habitada por grupos indígenas da etnia Nambiquara, a TI Sararé está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil.
Estima-se que aproximadamente dois mil hectares tenham sido devastados pela exploração ilegal de ouro, impulsionada por organizações criminosas armadas que atuam na região.
Desde 2023, o Ibama vem intensificando as ações de repressão à atividade ilegal.
OUTRO LADO
A reportagem tentou contato com os três órgãos mencionados, mas não obteve respostas. O Ibama empurrou a questão para a Polícia Civil goiana, que por sua vez passou o direito de resposta para o órgão ambiental.
Após insistência, o Ibama informou que suas operações eram coordenadas pela Casa Civil, que não respondeu à solicitação até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.
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