O empresário Fabrício da Silva Lima, dono de uma marmoraria em Brasnorte (588 km de Cuiabá) e preso por participação no mega assalto a uma agência da Sicredi do município alegou ter sido agredido e torturado por policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
“Aqui meu hematoma. Estou desde ontem sem conseguir comer. Ficaram duas horas afogando, jogando água, pisaram no meu estômago, em dois pisava. Perguntou se eu tinha filho, falei que tinha um de 11 anos e falou pra mim: ou você fala onde está o dinheiro ou a gente vai partir para sua família", denunciou Fabrício durante a audiência de custódia.
Ao todo, 14 pessoas foram presas por envolvimento no roubo, praticado no dia 31 de julho. As prisões foram efetuadas em Mato Grosso e em Rondônia. Dentre os presos, estão dois policiais militares, suspeitos de favorecer a fuga dos assaltantes.
Além de Fabrício, outros seis criminosos tiveram as identidades divulgadas. São eles: Osvaldo Pereira de Souza, 40 anos, de Juruena; Rodrigo da Silva Lucena, 35 anos, de Brasnorte; Christian Ribeiro Galvão, 30 anos, de Brasnorte; Eduardo José Lopes de Moraes, 30 anos, de Aripunã; e os irmãos Luiz Carlos da Silva Júnior, 27 anos, e Lucas Vinicius de Amorim da Silva, 26 anos, ambos de Vilhena.
O CRIME
O delegado Suede Dias Júnior relatou, em coletiva de imprensa, que o roubo foi planejado com 20 dias de antecedência e contou com apoio de Fabrício e outro empresário de Brasnorte. No entanto, a movimentação para a efetivação do crime começou no dia 29 de julho, quando o bando roubou uma caminhonete Hilux.
Os criminosos esconderam o veículo em uma região de mata fechada, onde ficou por cerca de 24h, usando uma técnica conhecida como ‘resfriamento’. Ou seja, os bandidos deixam o carro roubado parado para confirmar a inexistência de rastreador.
Como no dia seguinte a caminhonete ainda estava no mesmo local onde foi abandonada, o grupo presumiu que a Hilux não tinha rastreador e prosseguiram com o roubo na agência bancária.
Após tocarem o terror durante o assalto, os suspeitos fugiram levando dois reféns e seguiram sentido ao município de Juína (743 km de Cuiabá). Lá, libertaram os prisioneiros e voltaram para Brasnorte. Posteriormente, seguiram para a cidade de Vilhena, em Rondônia. Os policiais conseguiram chegar até a localização dos suspeitos, em um hotel do município.
Contudo, um dos recepcionistas estava em conluio com os criminosos e os avisou sobre a presença das autoridades. Dessa forma, eles conseguiram fugir para uma casa.
Em diligências, as forças de segurança conseguiram encontrar o imóvel em que os suspeitos estavam abrigados. Na residência, seis homens foram presos. Desses, dois participaram efetivamente do roubo em Brasnorte, dois atuaram no suporte logístico, além do funcionário do hotel e do irmão dele, que ajudaram na fuga.
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