Equipe da Delegacia de Alto Araguaia (418 km de Cuiabá), apura as circunstâncias envolvendo a brutal agressão contra uma adolescente de 12 anos, dentro de uma escola estadual do município. O caso, registrado em vídeo por outras estudantes e divulgado nas redes sociais, expôs uma rede de violência escolar com traços de organização criminosa juvenil.
De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, as estudantes formaram entre si um grupo com características semelhantes às de uma facção, no qual existiam atribuições, regras internas e punições. A vítima teria sido agredida por desrespeitar uma dessas normas.
Durante a apuração, cerca de 10 pessoas foram ouvidas, incluindo as menores envolvidas, seus responsáveis, a direção da escola e a adolescente agredida. As envolvidas confessaram a autoria da agressão e revelaram também que já haviam agredido outras quatro colegas que teriam descumprido ordens internas do grupo.
Nos celulares das adolescentes, a polícia encontrou outros vídeos de agressões semelhantes. Uma das envolvidas já havia sido detida anteriormente, quando foi flagrada com adultos ligados ao crime organizado e em posse de drogas.
Histórico familiar e presença de faccionados
Um dos principais elementos destacados na investigação foi o levantamento do histórico familiar das adolescentes envolvidas, que indicou a presença de integrantes de facção criminosa em alguns lares. Segundo o delegado, há indícios de que o comportamento violento das menores seja uma reprodução do ambiente familiar em que vivem. “Durante os depoimentos, percebemos que algumas adolescentes tentavam replicar no ambiente escolar aquilo que presenciavam dentro de casa”, afirmou Marcos Paulo.
‘O SALVE’
As investigações começaram nesta segunda-feira (4) após a equipe policial receber o vídeo em que a vítima aparece sendo espancada por outras quatro alunas, entre elas uma criança de apenas 11 anos. A vítima estava sozinha, ajoelhada, sendo impedida de se defender. Uma das "regras" impostas pelas agressoras era que a menina não poderia chorar, sob pena de sofrer ainda mais violência. O caso segue sob sigilo por envolver menores de idade e será encaminhado ao Ministério Público, que deverá adotar as medidas socioeducativas cabíveis.
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