Ahmad Hammad/Associated Press
Confrontos entre manifestantes e soldados foram retomados neste domingo no centro do Cairo, perto da sede do Conselho de Ministros e do Parlamento, segundo fontes dos serviços de segurança. Manifestantes jogaram pedras contra militares na rua Qasr al Aini, onde fica o Parlamento, na região da praça Tahrir.
Segundo a versão digital do jornal estatal "Al Ahram", militares e manifestantes se confrontam, e o Exército usou canhões de água nas ruas Qasr al Aini e Sheikh Rihan, onde se concentram o Parlamento, o Ministério do Interior e o Conselho de Ministros.
De acordo com o jornal, os confrontos foram retomados quando os soldados transpassaram uma barreira de cimento construída para conter aos manifestantes.
Segundo a agência de notícias estatal Mena, o general Mohsen al Fangari, membro da Junta Militar, disse que o Egito "não vai cair, apesar das tentativas para derrubá-lo".
O militar pediu ainda que "não se preste atenção aos rumores que estão tentando destruir o Egito".
PROTESTO
Manifestantes pedem o fim do poder militar instaurado desde a renúncia do ex-ditador Hosni Mubarak, e criticam, em particular, o chefe do exército e chefe de Estado no poder, o marechal Hussein Tantawi.
A Junta Militar acusou os manifestantes pela onda de violência, em um comunicado publicado na sexta-feira.
Os confrontos ocorrem em pleno período eleitoral. O Egito realiza eleições legislativas desde o dia 28 de novembro e até janeiro. Por enquanto, os partidos islamitas estão à frente na corrida, em detrimento dos partidos liberais e dos movimentos nascidos da revolução.
Na primeira fase das eleições, em um terço do país, 65% dos votos foram para os partidos islamitas. A Irmandade Muçulmana acumulou 36% dos votos e os fundamentalistas salafistas, 24%.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.