Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a rede social Twitter suspendeu na terça-feira (8) a conta do deputado federal por Mato Grosso José Medeiros (PL).
No perfil, uma mensagem informa que o bloqueio atende a uma “determinação legal”. A plataforma não divulgou o motivo por qual a conta foi suspensa.
No Instagram, o parlamentar se disse vítima de “censura”.
Medeiros tem sido um dos apoiadores de protestos críticos à vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em disputa de segundo turno realizada no dia 30 de outubro. Além disso, tem colocado em xeque a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Nas últimas semanas, por ordem do TSE, outros apoiadores do presidente da República e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tiveram as contas no Twitter suspensas.
Todos vinha usando as redes sociais para incentivar contestações ao resultado eleitoral. Já tiveram contas no Twitter excluídas por decisão da Justiça os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO), Coronel Tadeu (PL-SP), além dos parlamentares eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). O economista Marcos Cintra (União), ex-secretário da Receita de Bolsonaro, e que foi candidato a vice de Soraya Thronicke na última eleição, também teve a conta derrubada.
MEDEIROS PEDE INTERVENÇÃO DO EXÉRCITO
Após ter conhecimento da suspensão de sua conta no Twitter, o deputado federal José Medeiros gravou vídeo informando que protocolou no Exército pedido de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Trata-se de uma operação prevista na Constituição Federal realizada exclusivamente por ordem do presidente da República, com a qual autoriza o uso das Forças Armadas nos casos em que há esgotamento das forças tradicionais de segurança pública em situações graves de perturbação da ordem. Serve, ainda, para estimular a defesa da pátria e a garantia dos poderes constitucionais (Executivo, Legislativo e Judiciário)
"O ministro Alexandre de Moraes suspendeu minha conta no Twitter sem nenhuma justificativa. Eu não cometi crime algum e tenho o direito sagrado de me expressar pela Constituição Federal. O que tem acontecido é que tenho questionado a legitimidade do ministro para conduzir o processo eleitoral, porque ele deveria se declarar impedido por conta da ligação com um dos candidatos. Ele não pode me censurar, não vamos aceitar isso. Pedi às Forças Armadas que garanta o direito de se manifestar para que sejamos atendidos. Eu nunca imaginei ter que pedir ao Exército para garantir nossos direitos e liberdades", justificou Medeiros.
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