O magistrado afastado no âmbito da oitava fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal, é o juiz da comarca de Vila Rica (1.127 km de Cuiabá) Ivan Lúcio Amarante. Ele é suspeito de vender sentenças e participar de um esquema de lavagem de dinheiro para dissimular a origem ilícita dos valores. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (29).
Essa não é a primeira vez que Amarante é afastado do cargo. Em outubro de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já havia determinado que o magistrado fosse afastado de suas funções. Em maio deste ano, o CNJ manteve a decisão.
Agora, a ordem de afastamento parte do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é responsável pelo caso. Além disso, o STF determinou o sequestro de R$ 30 milhões. O juiz também foi proibido de deixar o país e teve seu passaporte recolhido pelas autoridades.
O esquema de venda de sentenças veio à baila depois do assassinato do advogado Roberto Zampieri, praticado em dezembro de 2023, em frente ao seu escritório de advocacia localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
No âmbito das investigações, o celular do jurista foi apreendido e as autoridades descortinaram as ilicitudes, que culminou com o afastamento, até o momento, de três magistrados. Além do juiz Ivan Amarante, os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, também foram afastados por suspeitas de vendas de sentenças.
A apuração ainda resultou na prisão do lobista mato-grossense Andreson de Oliveira foi preso em 26 de novembro de 2024 após a Polícia Federal descobrir as conversas dele com Zampieri por aplicativo de mensagens. Ele é apontado como articulador de venda de sentenças nos tribunais de justiça de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Superior Tribunal de Justiça.
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