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Justiça Quarta-feira, 23 de Setembro de 2020, 10:32 - A | A

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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2020, 10h:32 - A | A

Recém-nascido de Cuiabá realiza cirurgia cardíaca de alto risco no interior de SP após atuação da Defensoria Pública

DA REDAÇÃO

Após atuação da Defensoria Pública de Mato Grosso, D.L.M.R., que nasceu no dia 13 de agosto com cardiopatia grave em Cuiabá, fez dois procedimentos cirúrgicos no Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. No dia 21, foi feita uma ressecção do septo interatrial, além da bandagem dos ramos pulmonares e, no dia 27, foi colocado um stent no coração do recém-nascido, que recebeu alta hoje – 22 de setembro.

Reprodução

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A mãe dele, Roseli Barbosa Maia, procurou a Defensoria Pública no dia 15 de agosto. No mesmo dia, a família obteve liminar na Justiça e D.L.M.R. foi transferido no dia 19, por meio de UTI área, para realizar a cirurgia no Hospital de Base de Rio Preto (SP), referência nacional nesse tipo de procedimento. Caso fosse realizada na rede particular, a cirurgia custaria cerca de R$ 100 mil.

“Graças a Deus, deu tudo certo. Ele teve uma ótima recuperação. Vai direto para casa, nem vai para o hospital”, contou Roseli por telefone, aliviada. A família mora no bairro Liberdade, região do Coxipó, em Cuiabá.

D.L.M.R. está há 35 dias no HB – passou os últimos oito dias na enfermaria. Segundo o prontuário, o recém-nascido passou por um acompanhamento nutricional, respiratório e motor antes de receber alta.

A mãe conta que ele nasceu com 2,3 quilos. Hoje, D.L.M.R. já está com 3,4 kg e 47 centímetros. “Antes, ele só tomava leite na sonda. Agora, já está mamando na mamadeira”, narrou, com uma voz carregada de felicidade.

Pandemia – Além do drama pessoal, Roseli ainda teve que lidar com a questão da pandemia de Covid-19. “A gente entra no hospital e não sai mais. Não pode sair para nada. Tomava banho no banheiro da UTI mesmo”, revelou. A região de Rio Preto, noroeste de São Paulo, avançou para a fase amarela (flexibilização intermediária) apenas no dia 4 de setembro.

HB – No entanto, a mãe elogiou a equipe do Hospital de Base. “O atendimento daqui é de primeiro mundo. O hospital e o cirurgião são abençoados por Deus. A parte psicológica é desgastante, mas a psicóloga vem todo dia conversar comigo”, destacou.

O recém-nascido ainda terá que fazer acompanhamento cardiológico em Cuiabá. “Ele tem que tomar cinco medicamentos todos os dias. A cicatriz no peito dele ficou um pouco aberta”, elucidou a mãe.

Ainda assim, D.L.M.R. fez apenas a primeira das três cirurgias indicadas para a patologia. O tratamento cirúrgico é realizado em três etapas: 1) realizada durante as primeiras semanas de vida; 2) realizada quando o bebê tem de três a seis meses de idade; 3) realizada quando a criança tem de 18 a 36 meses de vida.

Retorno – “Uma cirurgia vai ser programada para dezembro deste ano ou janeiro do ano que vem. E a outra quando ele completar 4 anos”, afirmou Roseli, que está apenas aguardando os trâmites burocráticos para retornar à capital mato-grossense com o filho – desta vez, em voo comercial. “Acredito que vamos, no máximo, até sexta-feira. Estamos na expectativa”, declarou.

Entenda o caso – Logo após o nascimento (13/08), D.L.M.R. foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá com cardiopatia grave, descrita como hipoplasia ventricular esquerda (atrésia mitral, atrésia aórtica, aorta ascendente com 1,8 mm) e comunicação interatrial restritiva.

A hipoplasia é um defeito congênito em que o lado esquerdo do coração, incluindo a cavidade cardíaca inferior (ventrículo esquerdo), as válvulas cardíacas (mitral e aórtica) e a aorta, está subdesenvolvido.

A mãe do recém-nascido, Roseli Barbosa Maia, procurou a Defensoria Pública no dia 15 de agosto. A defensora pública Olzanir Carrijo, que estava no plantão cível de saúde, imediatamente ingressou com uma ação cominatória para cumprimento de obrigação de fazer com pedido de tutela específica de urgência para que o Estado e Cuiabá prestassem a assistência necessária a D.L.M.R.

A liminar foi deferida no mesmo dia pela juíza plantonista, Rachel Martins, determinando a transferência da criança para o Hospital de Base, assegurando também a continuidade do tratamento necessário para preservar a saúde do recém-nascido, incluindo a realização de exames e cirurgias complementares.

Na época, Roseli ficou revoltada por não conseguir realizar o procedimento em Mato Grosso. “É um absurdo! Cuiabá tem tanto hospital e não faz nenhuma cirurgia cardíaca em crianças”, lamentou, afirmando que não teria condições de arcar com os custos da cirurgia “nem se vendesse tudo o que tem”.

Questionada sobre o caso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) informou que “Mato Grosso cofinancia serviços cirúrgicos na especialidade de cardiologia infantil. Contudo, considerando a complexidade do quadro, o procedimento cirúrgico apontado em decisão deve ser referenciado para outras Unidades da Federação”.

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