Quinze juízas se inscreveram para a vaga de desembargador deixada aberta com a aposentadoria compulsória do desembargador afastado Sebastião de Moraes Filho, que completou 75 anos em novembro. A disputa, exclusiva para mulheres, obedece à determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de promover a alternância de gênero na composição da segunda instância da Justiça estadual.
As candidatas são Adriana Sant Anna Coningham, Amini Haddad Campos, Ana Cristina Silva Mendes, Angela Regina Gama da Silveira Gutierres Gimenez, Celia Regina Vidotti, Christiane da Costa Marques Neves, Ester Belém Nunes, Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli, Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, Gleide Bispo Santos, Maria Mazarelo Farias Pinto, Milene Aparecida Pereira Beltramini, Monica Catarina Perri Siqueira, Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro e Tatiane Colombo.
O processo seletivo seguirá o critério de merecimento, com análise de produtividade, reputação ilibada, capacidade técnica, formação, aperfeiçoamento e presteza jurisdicional. Os 37 desembargadores aptos a votar atribuirão notas de 0 a 100 a cada candidata, e a mais bem avaliada será promovida à segunda instância.
Entre as concorrentes, destacam-se perfis como Tatiane Colombo, titular da Segunda Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, tem atuado desde agosto de 2024 em julgamentos no 2º Grau, em substituição a Sebastião de Moraes. Célia Regina Vidotti é reconhecida por sua atuação em casos de improbidade administrativa e corrupção política. Ana Cristina Mendes atua na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em crime organizado.
Já Gabriela Carina Knaul, recentemente nomeada auxiliar da presidência do TJMT, vem atuando em núcleos estratégicos, como o da Justiça Digital da Saúde Pública. Adriana Coningham, por sua vez, é referência em conflitos agrários, atuando na 2ª Vara Cível de Cuiabá com competência para julgar disputas fundiárias coletivas em todo o Estado.
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Em agosto de 2024, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira já havia sido promovida por meio da mesma regra de alternância prevista na Resolução 525/2023 do CNJ, abrindo caminho para maior representatividade feminina na cúpula da Justiça estadual.
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