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Justiça Quarta-feira, 04 de Outubro de 2023, 18:01 - A | A

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Quarta-feira, 04 de Outubro de 2023, 18h:01 - A | A

CONFUSÃO EM AUDIÊNCIA

Promotora pede HC para mãe de vítima presa em audiência e acusa juiz de abuso de autoridade; veja vídeos

No pedido de habeas corpus, a promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria acusa o magistrado de ter agido abusado da autoridade ao determinar a prisão da mulher

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) entrou com recurso de habeas corpus em favor de Sylvia Miriam Tolentino de Oliveira, presa durante a audiência designada para apurar a morte de seu filho, Cleowerton Oliveira Barboza. A mãe enlutada, que seria ouvida na condição de testemunha, acabou presa após uma confusão na audiência presidida pelo juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal. 

No pedido de habeas corpus, a promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria acusa o magistrado de ter abusado da autoridade ao determinar a prisão da mulher. 

A confusão começou já no início do que deveria ter sido o depoimento de Sylvia. Logo no começo, a promotora de Justiça questionou se a depoente se sentia confortável em ser ouvida na presença do réu. Em resposta, Sylvia afirmou que, para ela, o réu, Jean Richard Garcia Lemes, 'não era ninguém'.

O advogado do acusado, então, teria pedido 'urbanidade' no tratamento com o rapaz. O juiz Wladymir Perri, por sua vez, interviu questionando se a mãe da vítima tinha 'serenidade e inteligência' para prosseguir a oitiva. 

Indignada, Sylvia alegou que tinha inteligência e que entendia o que estava acontecendo. O juiz explicou que se referia à inteligência emocional da depoente para poder dar andamento à audiência. A mãe da vítima logo disse que não tinha e que, se fosse necessário, iria embora. 

Diversas vezes, a promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria tentou mediar a situação e pediu que Sylvia fosse acolhida enquanto mãe enlutada, e que fosse dado prosseguimento ao interrogatório da acusação. Ela, que participava da sessão por videoconferência, também alertou ao magistrado que não conseguia ouvi-lo direito.

Em determinado momento, o juiz se irrita com as interrupções e afirma que Marcelle não 'para de falar' e 'engoliu uma radiola'. O magistrado também decide pelo fim da audiência. Nesse momento, Sylvia se levanta exaltada e atira um copo descartável cheio de água na sala da audiência. Ela também se dirige ao réu e diz que ele 'vai pagar'.

Nesse momento, o juiz se levanta e com o dedo em riste dá ordem de prisão à mãe da vítima. Os familiares tentam conter Sylvia que, aparentemente, vai para o lado da sala onde estavam o advogado de defesa e o réu. 

O QUE DIZ O TERMO DE AUDIÊNCIA 

No termo de audiência, o magistrado alega que Sylvia ofendeu o acusado já no início da sessão, fato comunicado pelo advogado Railton Ferreira de Amorim ao juiz e que, logo depois, Wladymir Perri pediu calma, serenidade e inteligência emocional à depoente. 

Logo depois, Sylvia teria manifestado que iria embora, ocasião em que o juiz teria respondido 'por mim' e foi interrompido pela promotora, quando foi encerrada a audiência. 

Segundo o termo, a sequência dos fatos se deu com Sylvia atirando um copo de água, quebrando a torneira do bebedouro e passando a ameaçar advogado e o réu, ocasião em que recebeu voz de prisão. Após a chegada da Polícia Militar, a mulher teria passado a proferir palavras de baixo calão, inclusive ao magistrado e, durante a ocorrência, atirou a bolsa contra Railton e Jean Richard. 

Nas deliberações, Wladymir Perri determinou o encaminhamento do termo de audiência ao Ministério Público e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apuração de eventuais excessos da parte dele. A mídia da audiência não foi lançada devido a problemas técnicos, contudo, o juiz pediu que o advogado de defesa fosse oficiado para fornecer os vídeos gravados durante a confusão. 

O QUE DIZ O TJ

Procurada, a assessoria de imprensa do TJMT afirmou não haver pronunciamento sobre o caso, 'pois conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o magistrado só se pronuncia sobre um caso concreto no processo'. 

O CRIME 

Cleowerton Oliveira Barbosa foi morto a tiros na manhã de 10 de setembro de 2016, no bairro Novo Milênio, em Cuiabá. Consta na denúncia que Cleowerton era dependente químico e costumava fazer uso de entorpecentes numa casa abandonada nos fundos da casa da mãe do réu, situação que causava revolta em Jean Richard. 

Dias antes do crime, o réu teria chegado a ameaçar Cleowerton enquanto ele fazia o uso de drogas dizendo que daria tiros na cabeça dele. No dia e local dos fatos, a vítima transitava de motocicleta quando Jean Richard teria atirado diversas vezes contra Cleowerton. Pelo menos 10 tiros atingiram a vítima. 

A vítima morreu no local em razão de traumatismo cranioencefálico, por ação de instrumento pérfuro-contundente. A denúncia foi assinada pelo promotor Vinicius Gahyva Martins em agosto de 2020, quase quatro anos após o caso. 

VEJA VÍDEO

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LUIZ FREITAS PIRES DE SABOIA 17/10/2023

E o julgamento do fim do mundo!

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Alan 13/10/2023

Juiz desequilibrado...

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2 comentários

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