Mayke Toscano/Hipernotícias |
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O produtor rural disse que passa os dias lendo e escrevendo, manifestação popular tem incentivado Clayton Arantes |
Passadas mais de 72 horas da greve de fome do produtor rural Clayton Marques Arantes, o acampado disse que ainda está estável. Apontou também que a saúde não sofreu nenhuma alteração e vem se cuidando para que seu bem-estar não seja prejudicado.
A greve de fome começou às 7h30 da última quinta-feira (20) em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT). Munido com apenas uma barraca, alguns livros e seus remédios, além de água comum, de coco e isotônico, o produtor garante que fica acampado até a próxima quinta-feira (27), data que a corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, vem a Cuiabá.
“Eu estou bem, ainda não passei mal. Todos os dias pela manhã tomo meu remédio de pressão e também meço como está minha pressão duas vezes ao dia. Hoje de manhã (domingo) já fiz isso e está tudo bem”, garantiu.
Clayton disse que tem tomado bastante água comum e de coco para conseguir se manter estável. Destacou que tem problemas de pressão alta e por isso tem que aferi-la ao menos duas vezes por dia, mas que até o momento não teve nenhum mal-estar.
Arantes disse a reportagem neste domingo (23) que o juiz titular da 1ª Vara Cível em Sinop, Paulo Martini, tem se defendido das acusações de “venda de sentenças”, mas existem provas claras que o juiz é corrupto.
“Ele (juiz) está tentando desqualificar as denúncias contra ele, mas temos tudo que comprova seus atos ilícitos” ressaltou e acrescentou que aguarda ansioso pela vinda da ministra Eliana Calmon.
Clayton disse que tem tentado passar seus dias lendo bons livros e também escrevendo. Para o produtor rural o apoio da população tem estimulado a continuar neste ideal.
“Trouxe bastante livros, estou sempre lendo e escrevendo. Estou feliz com o apoio das pessoas a minha iniciativa de aderir a greve de fome, isso tem me feito feliz. Tenho recebido muitas demonstrações de carinho e isso está me fazendo ficar ainda mais forte”, destacou.
ENTENDA O CASO
Clayton Marques Arantes disse que tudo começou quando ele adquiriu a propriedade de terra em 1998. O pagamento pela aquisição foi feito nos anos de 2001 e 2002. Em 2003, o produtor rural da fazendo foi à Justiça para denunciar que não havia recebido todo o montante financeiro combinado.
A causa foi parar na Justiça, na Comarca de Sinop, e de lá para cá, o produtor foi vivenciando problemas que ele classificou como de “inconstitucionalidade”.
Arantes relatou que foram apresentados nos autos do processo todas as provas de que ele havia quitado no débito com o ex-proprietário e comprovou isso por meio de documentos autenticados.
Mas na hora de dar a sentença, explica, o juiz Paulo Martini informou que os documentos apresentados não eram válidos, pois seriam necessários os originais. Então, o produtor levou todas comprovantes originais, mas a argumentação do magistrado foi de que “já havia passado do tempo e não adiantaria mais”, pontuou e acrescentou que no processo estão contidos todos os documentos originais.
OUTRO LADO
O juiz Paulo Martini, da Comarca de Sinop, nega que seja participante de qualquer irregularidade no processo do produtor rural.
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