O Ministério Público Federal (MPF) participa, nesta segunda-feira (11), de uma reunião promovida pelo Fórum Mato-grossense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FMTCIA) durante a 1ª edição da COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima, em Cáceres (MT). O encontro será realizado a partir das 8h, no Auditório Maria Sophia Leite, e busca discutir a relação entre o uso de agrotóxicos, a saúde pública e as mudanças climáticas na região.
A COP Pantanal ocorre entre os dias 10 e 12 de novembro e reúne mais de 1.500 participantes em uma ampla programação de palestras, oficinas e painéis organizados pela Unemat, IFMT, INPP e Impact Hub. O evento tem como propósito dar “voz aos povos do Pantanal” e aproximar as demandas regionais das discussões internacionais sobre o clima que culminarão na COP 30.
O FMTCIA, que reúne o MPF, o Ministério Público Estadual, universidades e organizações da sociedade civil, levará à COP Pantanal suas propostas de políticas públicas voltadas ao controle e à redução do uso de agrotóxicos. Segundo o procurador da República Gabriel Infante Magalhães Martins, presidente do Fórum, a participação no evento é “estratégica e fundamental”.
“Os defensivos agrícolas não são apenas uma questão de agricultura; eles são um vetor de pressão sobre a saúde das nossas águas, do nosso solo e das nossas populações”, afirmou. Ele destacou ainda que o Fórum pretende incorporar suas propostas à *Carta do Pantanal*, documento final do evento, para que cheguem à futura COP 30. “É possível produzir com riqueza, respeitando a vida e o futuro”, completou.
O procurador-chefe do MPF em Mato Grosso, Ricardo Pael Ardenghi, também participa da reunião. Ele ressaltou que a atuação do órgão é essencial na defesa de grupos vulneráveis, especialmente comunidades indígenas e tradicionais impactadas pela contaminação causada pelo uso de agrotóxicos. “Essas comunidades são as primeiras a sofrer as consequências da contaminação da água e dos alimentos, tendo seus territórios e modos de vida severamente afetados. Por isso, o MPF atua não apenas na repressão, mas na busca por políticas públicas eficazes que respeitem os saberes ancestrais”, afirmou.
Durante a reunião, o FMTCIA pretende consolidar estratégias de fiscalização, educação ambiental e incentivo a modelos sustentáveis de produção, como a agricultura orgânica e agroecológica. O Fórum também discutirá a inclusão de propostas regionais sobre o controle de substâncias químicas no documento final da COP Pantanal, reforçando a conexão entre o combate aos agrotóxicos e os desafios climáticos do bioma.
Com a realização da COP Pantanal, Mato Grosso se consolida como um dos protagonistas na agenda ambiental brasileira. A presença do FMTCIA no evento simboliza o esforço conjunto de instituições públicas, acadêmicas e civis para promover soluções integradas que enfrentem tanto a crise climática quanto os impactos socioambientais do uso intensivo de agrotóxicos.
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