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Polícia Terça-feira, 11 de Novembro de 2025, 07:29 - A | A

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Terça-feira, 11 de Novembro de 2025, 07h:29 - A | A

DOMÍNIO FANTASMA

Polícia Civil desmantela esquema milionário de fraudes eletrônicas em Mato Grosso; vídeo

Ação cumpriu 33 ordens judiciais em Cuiabá e Sorriso e mira contador acusado de criar mais de 300 empresas de fachada para lavar dinheiro e aplicar golpes

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), a Operação Domínio Fantasma, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso milionário de fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro por meio da criação de empresas de fachada. Ao todo, foram cumpridas 33 ordens judiciais em Cuiabá e Sorriso.

Entre as medidas judiciais estão um mandado de prisão preventiva contra o suposto mentor do esquema, sete mandados de busca e apreensão, duas medidas cautelares diversas de prisão, o sequestro de valores que somam R$ 5 milhões, além de dois mandados de sequestro de imóveis e cinco de veículos de luxo. Também foram cumpridas sete quebras de dados telemáticos, dois mandados de suspensão de perfis em redes sociais, três de suspensão de sites e três de suspensão de atividades econômicas. As ordens foram decretadas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá.

O principal alvo da operação é um contador que, segundo as investigações, usava seu conhecimento técnico para fabricar centenas de CNPJs e viabilizar golpes de e-commerce em todo o país. Ele é investigado pelos crimes de associação criminosa, fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro e crime contra a relação de consumo.

De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), responsável pelas investigações, o grupo criminoso agia de forma organizada, utilizando as empresas fictícias para movimentar e lavar milhões de reais obtidos com as fraudes.

Criação de empresas

O trabalho investigativo começou após a DRCI receber um alerta da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) sobre a criação em massa de empresas por um único contador, muitas delas registradas no mesmo endereço em Cuiabá.

Entre 2020 e 2024, o investigado teria aberto 310 empresas, das quais 182 já estavam baixadas ou suspensas. “Chamou atenção o fato de quase todas estarem registradas em um mesmo endereço”, apontam os investigadores. No local, funcionava uma sala comercial sem identificação, usada como sede apenas no papel.

Funcionamento do esquema

O contador se apresentava no Instagram como profissional especializado em dropshipping e iGaming. Para aplicar os golpes, ele criava CNPJs em nome de “laranjas”, geralmente jovens de baixa renda de outros estados, que serviam de fachada para os negócios falsos.

As empresas eram usadas para registrar sites de e-commerce que ofereciam produtos como brinquedos, roupas e cosméticos. “Em um dos casos, os criminosos clonaram o site da loja de uma marca famosa no ramo de cosméticos para enganar clientes”, informou a Polícia Civil.

Os sites eram impulsionados com anúncios patrocinados e atraíam consumidores de todo o país. As vítimas realizavam o pagamento via Pix ou cartão, mas nunca recebiam as mercadorias. Diversos desses sites acumulavam reclamações no “Reclame Aqui”.

Apoios operacionais

A operação contou com a participação da DRCI em parceria com as Delegacias de Combate à Corrupção (Deccor), Crimes Fazendários (Defaz), Defesa do Consumidor (Decon), Polícia de Sorriso e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

As ações tiveram apoio da Politec e da Sefaz, sob a coordenação da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil de Mato Grosso.

VEJA VÍDEO

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