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Justiça Quinta-feira, 21 de Setembro de 2023, 09:24 - A | A

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Quinta-feira, 21 de Setembro de 2023, 09h:24 - A | A

"NÃO GOSTO DE VIADO"

MPE denuncia vereador por homofobia contra presidente da Câmara de Porto dos Gaúchos

Ao HNT, presidente do Legislativo, Leandro Budke, disse que espera que isso possa encorajar outras pessoas a denunciarem este tipo de crime

JULIA OVIEDO
Da Redação

O vereador por Porto dos Gaúchos (648 km de Cuiabá), Claudiomar Braun (PSB), foi denunciado nesta quarta-feira (20) pelo Ministério Público do Estado (MPE) por crime de homofobia contra o presidente da Câmara Municipal do município, Leandro Budke (MDB).

De acordo com a denúncia, o crime teria ocorrido em três ocasiões, sendo duas delas presencialmente e uma por meio de um grupo de WhatsApp. Budke teria registrado boletim de ocorrência contra o outro parlamentar pelas ofensas recebidas.

Outras duas vezes que Claudiomar teria sido homofóbico aconteceram em ocasiões presenciais, sendo uma delas em um dia em que parlamentares estavam reunidos na área externa da Câmara e Claudiomar teria dito que não gostava de “viado” (sic).

Ao HNT, o presidente da Câmara Municipal, Leandro Budke, disse que espera que isso possa encorajar outras pessoas a denunciarem este tipo de crime.

“A posição que o Ministério Público tomou é uma vitória, não só para um grupo, mas para a sociedade. Com esse posicionamento, a gente espera que as pessoas também tomem coragem de denunciar situações assim, porque ainda há muito receio e medo”, disse o parlamentar.

Outros parlamentares de Porto dos Gaúchos constam como testemunhas na denúncia oferecida pelo MPE.

“O caso em análise, como já demonstrado, se trata de grave violação aos direitos fundamentais das pessoas LGBTQIA+, grupo outrora minoritário que em muito atua e batalha para conseguir o seu espaço, respeito, direitos e toda a dignidade que lhes são devidas, tendo sido o mesmo desrespeitado pelo vereador CLAUDIOMAR BRAUN, que proferiu dizeres homofóbicos, atingindo diretamente o ofendido Leandro Budke, bem como a comunidade LGBTQIA+”, diz trecho da publicação.

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