Lideranças da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso (PMMT) repudiaram a denúncia do Ministério Público (MP) contra o coronel Otoniel Gonçalves Pinto que matou Luanderson Patrik Vitor de Lunas durante um roubo à sua residência. Durante a fuga do bandido, o PM acabou atirando oito vezes contra o veículo onde Luanderson estava. Comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, se referiu ao desdobramento como 'inversão de valores' e 'bandidolatria'.
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Em nota, o coronel Otoniel afirmou que ele e a família viveram 40 minutos de terror sob a mira da pistola dos bandidos enquanto eram roubados. "Depois de suportar a violência de um criminoso, vou enfrentar a violência do Estado que me acusa de ser homicida por ter defendido minha família, meu lar, minha fortaleza!", lamentou.
No dia dos fatos, Otoniel havia acabado de deixar seus filhos na escola quando foi surpreendido, já no interior de sua residência, pelos bandidos. Ele foi rendido e conduzido, junto da esposa e do sogro, para um cômodo, enquanto os criminosos roubavam itens pessoais.
O Comandante-Geral da PM, coronel Alexandre Mendes, destacou que, embora não se "alegre" com a morte do assaltante, não concorda com a inversão de valores de tornar a verdadeira vítima em um criminoso.
"Domicílio inviolável, o direito à propriedade e a legítima defesa, nessas horas, como institutos do Direito, cedem espaço à bandidolatria, que é essa prática não rara no ambiente jurídico e penal brasileiro de transformar o bandido numa pobre vítima, e a verdadeira vítima, no criminoso; réu", disparou.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), sargento Laudicério Machado, também se manifestou em defesa do coronel.
"Posturas [...] como essa, lamentavelmente beiram o cúmulo do absurdo e demonstram a inversão de valores por parte do sistema acusatório, gerando dúvidas a sociedade, fora o descrédito as ações legitimas, não apenas, como no caso concreto, de um Policial Militar, como também de um chefe de família", disse em nota.
A Associação dos Oficias da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof) também emitiu nota em solidariedade a Otoniel. A entidade relembrou caso semelhante, em Sorriso, em que um PM acabou morto ao ter a casa invadida. A Associação endossa as criticas ao MP, especialmente porque inquérito concluiu pela existência de excludentes de ilícitude.
"A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso solidariza-se com o oficial e sua família, por terem que reviver agora toda a angústia e sofrimento que passaram no fatídico dia do assalto e que agora, para a surpresa de todos, o Ministério Público pretende tornar réu em processo de homicídio doloso. Ou não seria surpresa?", indaga a entidade, comandada pelo coronel Marcos Sovinski.
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Paula 09/07/2024
É uma vergonha esse MP querer defender essa corja que aterroriza a população! nem em casa a pessoa tá segura com esses desvairados soltos praticando terror e não tem o direito de se defender? pra que existe policial? pra esperar ser assassinado por esses meliantes e serem protegidos pela lei? Brasil a lei só funciona pra defender bandidos, pq cidadãos comuns e policiais podem ser mortos por eles que ainda são protegidos e aplaudidos, misericórdia!
Crítico 09/07/2024
Inversao de VALORES
2 comentários