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Justiça Quinta-feira, 04 de Julho de 2024, 16:20 - A | A

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Quinta-feira, 04 de Julho de 2024, 16h:20 - A | A

PERICULOSIDADE

Justiça mantém Paulo 'WT' na Penitenciária Central do Estado

Em decisão unânime, desembargadores negaram Habeas Corpus do braço contábil do CV em Mato Grosso

ANDRÉ ALVES
Redação

Suspeito de lavar milhões de reais provenientes do tráfico de drogas, Paulo Witer Farias, conhecido como WT, teve habeas corpus negado, de forma unânime nesta quarta (3) pelos desembargadores da Segunda Câmara Criminal. Dessa forma, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a prisão do tesoureiro do Comando Vermelho na Penitenciária Central do Estado (PCE). 

No final de maio, o desembargador Rui Ramos, membro da Segunda Câmara, já havia mantido a prisão de WT em caráter liminar. A defesa de WT havia solicitado a extensão da liberdade provisória concedida a Fábio Aparecido do Nascimento, conhecido como "Lacoste", que também foi acusado de integrar o núcleo contábil do Comando Vermelho. Lacoste foi preso e condenado a 14 anos no âmbito da Operação Red Money, mas conseguiu liberdade provisória por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A defesa de WT argumentou que ele deveria ter o mesmo tratamento dado a Lacoste, uma vez que ambos foram presos na Operação Red Money em 2018 e que seu processo está paralisado há anos, sem que os pedidos de revogação fossem examinados pelo TJMT. Segundo a defesa, WT deveria ser solto considerando que Lacoste, em situação mais grave, já havia sido colocado em liberdade.

O desembargador Rui Ramos, ao examinar o pedido, destacou que o constrangimento ilegal da prisão não se verifica apenas pelo prazo do cárcere, mas pela complexidade do caso, número de infrações, gravidade dos crimes e quantidade de réus envolvidos. Ramos lembrou que a Operação Red Money foi uma investigação complexa, com 24 réus, processos desmembrados e múltiplas defesas, o que prolonga a prisão e a tramitação do processo.

Rui Ramos enfatizou que WT foi condenado a uma pena severa de 14 anos e permaneceu preso durante toda a persecução penal. Após a sentença, não poderia ser considerado o excesso de prazo como justificativa para sua liberdade. O magistrado ainda ressaltou que, caso solto, poderia fortalecer o Comando Vermelho e expandir os núcleos contábeis da facção, devido à sua expertise e mecanismos para arrecadar e movimentar quantias milionárias.

A manutenção de sua prisão se fundamenta na necessidade de aplicar a lei penal, garantir a ordem pública e considerar a gravidade dos crimes cometidos. O Tribunal reforçou que a prisão é crucial para impedir que ele continue suas atividades ilícitas e contribua para o fortalecimento da facção criminosa.

OPERAÇÃO APITO FINAL

Durante uma investigação de quase dois anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) comprovou que Paulo Witer liderava um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Utilizando comparsas, familiares e testas de ferro, ele adquiriu bens móveis e imóveis para dar aparência legal às atividades criminosas.

A operação foi deflagrada em 2 de abril com o objetivo de enfraquecer a organização criminosa, cumprindo 54 ordens judiciais e resultando na prisão de 20 pessoas, incluindo o líder do grupo. O esquema movimentou R$ 65 milhões na compra de imóveis e veículos, além de envolver a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo como parte das estratégias de lavagem de dinheiro.

LEIA MAIS: Desembargador mantém prisão de "braço direito" do tesoureiro do Comando Vermelho

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