O juiz Geraldo Fidélis, da Segunda Câmara Criminal da Capital, negou o pedido da defesa do empresário Giovani Belatto Guizardi, dono da Dínamo Construtora Ltda., para receber seus filhos em espaço diferenciado nas instalações do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), onde está preso desde o dia 3 de maio, suspeito de envolvimento nos esquemas de corrupção investigados na Operação Rêmora. A decisão foi proferida no último dia 16 e publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta terça-feira (21).
De acordo com a ação, o réu solicitou que seus filhos menores fossem visitá-lo na prisão, mas que pudessem se encontrar em um “ambiente diverso da carceragem”.
O magistrado, determinou que a diretoria informasse sobre a possibilidade de atender ao pedido do réu para que houvesse a visita em espaço diferenciado. Entretanto, a resposta da unidade foi negativa para o pedido.
“Ante a justificada impossibilidade de efetivação do pleito formulado, indefiro o pedido defensivo”, decidiu o juiz.
Segundo Fidélis, não há motivo para que o encontro entre o réu e os filhos seja diverso do habitual, uma vez que “o espaço do Centro de Custódia da Capital é amplo, arejado e, de acordo com correição já realizada por este Juízo, adequado ao acolhimento de visitas com a garantia da dignidade de visitantes e recuperandos”.
OPERAÇÃO RÊMORA
A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) no dia 3 de maio, para combater um cartel de empresários que dividiam contratos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para obras de reforma e construção de escolas públicas.
As fraudes no caráter competitivo dos processos licitatórios começaram a ocorrer em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 26 obras de construção e/ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado de Mato Grosso, cujo valor total ultrapassa o montante de 56 milhões de reais.
Segundo o Gaeco, está comprovado que após o pagamento por parte da Seduc aos empreiteiros o valor de (inicialmente 5% e posteriormente de 3%) era devolvido a parte da organização criminosa através de Giovani Belatto Guizardi, o arrecadador da propina.
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