Durante o Tribunal do Júri que julga o investigador Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves pelo assassinato do policial militar Thiago de Souza Ruiz, a defesa reforçou, nesta segunda-feira (15), a tese de que o acusado não sabia que a vítima era um policial. Segundo os advogados, a aparência de Thiago, descrita como incompatível com o estereótipo de um militar, teria gerado a suspeita de que ele estava armado ilegalmente.
A argumentação baseou-se, em parte, no depoimento de Walfredo Raimundo, investigador da Polícia Civil e testemunha no caso. Ele afirmou que Mário “não acreditava que a vítima fosse policial militar” devido à “quantidade de tatuagens visíveis” em seu corpo. A defesa sustenta que, ao se deparar com um homem armado cuja aparência não condizia com a de um agente da lei, Mário agiu sob o entendimento de que enfrentava um indivíduo em situação irregular.
O argumento foi reforçado pelo depoimento de Gilson Tibaldi, outra testemunha ouvida no julgamento. Ele relatou que Mário questionou a legalidade da arma de Thiago e disse não ter visto o PM apresentar distintivo ou documento funcional. Gilson ainda contou que, momentos antes do confronto, os dois estavam bebendo em uma conveniência quando avistaram Thiago armado. Inicialmente, Mário teria demonstrado a intenção de chamar a polícia, mas optou por confrontá-lo pessoalmente — o que desencadeou uma discussão que terminou com disparos fatais.
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A defesa alega que, diante do que considera uma situação de risco iminente e possível ameaça à integridade física, o uso da força por parte de Mário foi uma reação legítima.
O julgamento será reiniciado nesta quarta-feira (17), com um novo Conselho de Sentença, com a previsão de oitiva das testemunhas remanescentes, seguida dos debates finais. A decisão foi tomada após o advogado de defesa alegar a que a juíza Mônica Perri Siqueira estaria violando prerrogativas.
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