O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), solicitou o arquivamento das investigações contra seis suspeitos alvos da Operação Ragnatela. Entre eles estão o DJ Éverton Detona e a influencer Stheffany Xavier, que supostamente tinham ligações com a lavagem de dinheiro promovendo shows em casas noturnas de Cuiabá.
A Operação Ragnatela foi deflagrada no dia 5 de junho de 2024 e resultou na denúncia de várias pessoas por envolvimento com o Comando Vermelho, que atuava na realização de shows em casas noturnas em Cuiabá para lavagem de dinheiro. Esses suspeitos, que foram apontados como integrantes do grupo conhecido como “G12”, gerenciavam as casas noturnas e promoviam shows de cantores nacionalmente conhecidos.
No entanto, o MPMT não encontrou provas suficientes para denunciá-los, diferentemente dos outros catorze réus, que permanecem sob acusação formal de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro.
“A investigação realizada não foi suficiente para trazer aos autos conteúdo probatório mínimo que corroborasse que os investigados tivessem pleno conhecimento do envolvimento da referida facção criminosa nos eventos produzidos, ao passo que não se pode deduzir que, somente por integrarem o grupo G12, todos tivessem total conhecimento da sociedade firmada entre alguns denunciados e da prática ilícita relacionada a tal empreitada”, destacou o promotor e coordenador do Gaeco, Adriano Roberto Alves.
A decisão sobre o arquivamento cabe agora ao juiz de Direito da 7ª Vara Criminal, que já havia questionado anteriormente a exclusão dos seis investigados da denúncia inicial. O magistrado solicitou uma manifestação fundamentada do Ministério Público, que foi atendida com a justificativa pelo encerramento das investigações.
VEREADOR CONTINUA INVESTIGADO
No mesmo documento, o promotor informou que o vereador por Cuiabá Paulo Henrique (MDB) continua sendo investigado, porém em autos separados devido à complexidade dos delitos pelos quais ele é investigado.
“Por fim, no tocante ao investigado Paulo Henrique Figueiredo Masson, a autoridade policial informou que os agentes públicos continuam sendo investigados em autos apartados, em razão da complexidade dos delitos perpetrados, motivo pelo qual Paulo Henrique não foi indiciado no inquérito policial que ensejou a presente ação penal”, destacou.
No dia 1º de agosto, a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá recebeu o inquérito da Polícia Federal, com 5 mil páginas, que investiga o suposto envolvimento do vereador Paulo Henrique (MDB), o "PH", com o Comando Vermelho.
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