Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, foi assassinada a facadas na frente do filho dela, à época com três anos de idade, no bairro Pedra 90, em Cuiabá, no dia 16 de março deste ano. O homicídio foi registrado por câmeras de segurança. O autor do crime é o frentista Antônio Aluízio da Conceição, com quem Emily manteve um relacionamento casual. Ele foi condenado a 20 anos de prisão pelo crime.
Emily levava o filho para a creche quando foi surpreendida pelo algoz. Populares chegaram a tentar derrubar a moto onde Antônio Aluízio da Conceição estava, mas ele conseguiu fugir. O assassino foi capturado pela polícia horas mais tarde, numa casa abandonada do bairro Parque Cuiabá.
À polícia, o frentista confessou o crime e alegou que agiu motivado por ciúmes e falta de correspondência. Em depoimento, ele também alegou que portava a faca para se proteger de supostos amigos "faccionados" da vítima. A alegação, contudo, caiu por terra com as investigações que comprovaram que Antônio Aluízio premeditou o crime, inclusive pegando uma moto emprestada no dia dos fatos.
A audiência de instrução do caso aconteceu pouco tempo depois dos fatos, em abril deste ano. Na ocasião, a tia de Emily narrou que a sobrinha já vinha apanhando e sendo perseguida pelo frentista e que, inclusive, tinha planos de se mudar para o Sul do país em virtude das ameaças a ela e ao filho. Alessandra Barroso da Cruz também negou que existisse qualquer pedido de casamento, como alegava o réu. Segundo a tia da vítima, o frentista apresentava comportamento possessivo, mas se recusava a assumir um relacionamento com Emily.
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Durante a audiência de instrução, assistido por dois advogados, Antônio Aluízio chegou a contar a sua versão dos fatos e alegou que mantinha relacionamento sólido com Emily e que foi abalado por traições. Questionado sobre o que se passava em sua cabeça enquanto assassinava brutalmente a ex na frente do filho dela, Antônio respondeu ao juiz togado que não pensava em nada.
No dia 4 de maio, o juiz Jamilson Haddad de Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Contra Mulher, decidiu submeter Antônio Aluízio ao Tribunal do Júri. A decisão manteve as qualificadoras de homicídio qualificado por femincídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A sessão do Tribunal do Júri ocorreu em agosto. Às vésperas do julgamento, os dois advogados que patrocinavam a defesa do frentista renunciaram ao caso. A dupla foi substituída às pressas por um defensor público. Durante o Tribunal do Júri, a defesa tentou uma manobra para excluir uma das qualificadoras do crime e "aliviar" a pena. Durante o interrogatório, Antônio Aluízio permaneceu em silêncio.
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O frentista foi condenado nos termos da denúncia do Ministério Público. A dosimetria da pena, atribuída pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira foi de 20 anos de prisão.
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