Atualizada às 15h01
O juiz Jamilson Haddad Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica de Cuiabá, deu início à primeira audiência sobre a morte de Emily Cruz Bispo, assassinada pelo frentista Antônio Aluízio Conceição. Uma das testemunhas, que era vizinha de Emily, afirmou que o suspeito ameaça a vítima desde dezembro de 2022. Alessandra Barroso da Cruz, tia da vítima, também relatou que Antônio chegou a deixar ela em cárcere privado, batendo nela o dia todo.
Kauane Pereira Dias, a segunda testemulha a prestar depoimento, disse que conheceu a vítima em dezembro de 2022, quando se mudou para a quitinete onde Emily também morava. Ao MP, a testemunha afirmou que Emily e o filho sofriam ameaças de morte por parte de Antônio Aluízio.
A primeira testemunha ouvida na audiência foi o policial civil Rogério dos Santos, um dos primeiros investigadores a atender a ocorrência. Durante o depoimento, ele descreveu a ocorrência em ordem cronológica.
Disse ao promotor de Justiça Tiago de Sousa Afonso da Silva que o local do crime foi de extrema violência. Inquirido pela defesa, ele confirmou que o réu havia comprado uma passagem para o Pará, mas negou que o bilhete tenha sido adquirido em data próxima ao crime.
De acordo com a defesa do frentista, patrocinada pelos advogados Josué Ferreira e Dayane Cristina, o réu deve colaborar com o processo.
TERCEIRA TESTEMUNHA
Na sequência da vizinha de Emily, foi ouvida a testemunha Alessandra Barroso da Cruz, tia da vítima. Ela descreveu o relacionamento entre Emily e o assassino. Segundo ela, Antônio e a vítima se conheceram no início do ano e já não mantinham um relacionamento desde julho do ano passado. Na ocasião, conforme a tia, Emily foi agredida pelo réu. Depois, os dois tiveram encontros esporádicos.
“Ela falava que ele batia nela, que deu um soco, que bateu nela de cinto também, que proibia ela de falar com outras pessoas, chegou a clonar o celular dela para ver com quem ela conversava. Depois que ela rompeu, ele começou a ameaçar ela. Dizia que ia fazer pior que as primeiras vezes… Eu tentei falar com ele, mas ele não atendia. Procurei para aconselhar ele, ele dizia que nem gostava tanto dela, mas para ela ela falava outra coisa”, contou Alessandra.
A tia também contou que o episódio do canivete aconteceu em dezembro de 2022. Depois disso, mesmo sem acesso a Emily nas redes sociais, Antônio teria começado a ameaçar o filho da vítima por meio das mensagens no pix. A tia também justificou que Emily não registrou nenhum boletim de ocorrência por medo. Alessandra descreveu ainda que Emily por diversas vezes recorreu às vizinhas para ter um lugar seguro para dormir.
Questionada pelo MP sobre o suposto pedido de casamento, Alessandra disse que a proposta nunca existiu. “Ao contrário disso, ela me disse que ele era possessivo, queria ter ela, mas não queria ter um relacionamento. Ele não deu uma chance para ela, ele chegou metendo a faca”, contou a tia emocionada. Segundo a tia, ele chegou a deixar ela em cárcere privado, batendo nela o dia todo.
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