Os familiares dos jovens atropelados em frente à boate Valley, na avenida Isaac Póvoas, em 2018, protocolaram recurso nesta segunda-feira (31) contestando a sentença que livrou a bióloga Rafaela Screnci de enfrentar o Tribunal do Júri. No último dia 24, o juiz Wladymir Perri desclassificou as imputações atribuídas a Rafaela, que passou a responder por homicídio culposo.
No dia do acidente, Mylena de Lacerda Inocêncio, Ramon Alcides Viveiros e Hya Giroto deixavam a boate quando todos foram atingidos pelo carro da bióloga. Tanto Mylena quanto Ramon não sobreviveram. Para o Ministério Público, Rafaela agiu com indiferença, estava bêbada e em alta velocidade.
O juiz Wladimyr Perri, contudo, descartou as hipóteses do excesso exacerbado de velocidade e da indiferença. Embora tenha reconhecido a embriaguez, decidiu que o caso pode ser analisado sob a luz das leis do Código de Trânsito Brasileiro. Na decisão, ele também atribuiu parte da culpa às vítimas que fizeram 'dancinhas' no meio da avenida.
"Apesar de não se cogitar em compensação de culpa no âmbito penal, ao se analisar a existência de possíveis circunstâncias extraordinárias, não se pode ignorar a contribuição das próprias vítimas, em especial por terem desenvolvido comportamentos alheios às regras de trânsito e ao princípio da confiança", escreveu.
Os familiares das vítimas juntaram petição nesta segunda contestando a decisão. A peça é assinada pelo pai de uma das vítimas, o procurador de Justiça aposentado Mauro Viveiros, e pelo advogado Alfredo José de Oliveira Gonzaga.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.