Com um voto a favor, um contra e um pedido de vista, foi novamente adiado o julgamento do pedido de afastamento da juízaSelma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal, do processo referente à Operação Sodoma. A decisão deve ser tomada na próxima semana pela Segunda Câmara Criminal.
Na tarde desta quarta-feira (22), o desembargador Pedro Sakamoto acolheu o pedido de afastamento e anulação do processo. Já o relator do processo, desembargador Alberto Ferreira de Souza, votou pelo indeferimento do pedido.
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 1° Vara Criminal pediu vistas do processo para poder analisá-lo. Ele está substituindo o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, que declarou-se suspeito na última sessão, na quarta-feira passada (15).
O julgamento foi suspenso e deve entrar na pauta da sessão da próxima quarta-feira (29). Caso o voto do juiz Jorge Luiz seja favorável, além de a juíza ser afastada no caso, todas as investigações referentes à Operação Sodoma serão anuladas.
O pedido de suspeição contra a juíza Selma de Arruda foi impetrado pela defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), desde setembro do ano passado, em decorrência da Operação Sodoma.
A defesa do ex-governador alega que a magistrada está sendo parcial na condução do processo referente à Operação em que seu cliente foi preso e afirma que, durante as oitivas das delações premiadas, a juíza não se conteve em apenas em analisar a legalidade, voluntariedade e regularidade dos depoimentos, mas fez perguntas, caracterizando o procedimento inquisitorial, uma vez que “praticou ato de investigação criminal, já que interrogou diretamente os delatores”.
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A denúncia de excesso por parte da magistrada foi reconhecida pelo Ministério Público Estadual (MPE). Contudo, o procurador fez uma ressalva para que o pedido da defesa não seja aceito pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, a fim de garantir a segurança jurídica e o andamento do processo.
PRESO NA SODOMA
O ex-governador Silval Barbosa está preso desde 17 de setembro de 2015, acusado de participar de um esquema que cobrava propina de empresários para que estes mantivessem benefícios fiscais e contratos com o Estado.
Além da Sodoma, o ex-chefe do Executivo também é investigado na Operação Seven, que apura a aquisição de área de terras de 721 hectares na região do Lago do Manso, que custou R$ 7 milhões dos cofres públicos e já pertencia ao Estado.
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Caio 23/06/2016
Tribunal de Justiça é o único órgão que não é investigado. Há algo muito estranho nessas decisões, ou dinheiro propriamente dito. Senhor Desembargador olhe nossa cidade Cuiabá, está completamente destruída por esses ratos de terno, nossos políticos e você quer anular uma investigação que está pelo menos dando a nós o sentimento de justiça por todos esses mal feitos. Impressionante!!
Carlos Nunes 22/06/2016
Faz tempo que o povo brasileiro não acredita mais na Justiça Brasileira, porque os poderosos sempre ficavam impunes. Quando apareceu o Doutor JOAQUIM BARBOSA, que puniu vários poderosos do Mensalão, a popularidade da Justiça foi lá em cima; com o SÉRGIO MORO, foi mais prá cima ainda, no combate ao Petrolão e na Lava-Jato. Quando essa Juíza colocou um poderoso na cadeia, o cartaz da Justiça também foi lá prá cima também. Começou a contrariar aquela velha frase atribuída ao Ulisses Guimarães, que dizia: Cadeia é só para pobre, p... e p... Agora é para poderoso também. Em vez de afastar a Juíza Selma, deviam dar-lhe é uma medalha de honra, e dobrar a sua estrutura operacional para colocar mais corruptos e corruptores NO XILINDRÓ.
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