O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, assassino confesso do advogado Renato Nery em julho de 2024 em Cuiabá, recorreu à Justiça pedindo a revogação de sua prisão preventiva, além de sua impronúncia. Caso a Justiça aceite, ele terá direito de acompanhar a ação em liberdade além de se livrar do Tribunal do Júri
A defesa pede que seja reformada a decisão que pronunciou o acusado para julgamento pelo Tribunal do Júri, sustentando que não há provas suficientes de sua participação em organização criminosa, fraude processual ou abuso de autoridade. Além disso, o documento afirma que o acusado não pode ser coagido a colo
“Constata-se da narrativa fática e dos testemunhos ouvidos em juízo, bem como do interrogatório dos réus, que a intenção objetiva dele, do acusado, foi se livrar de evidências em seu desfavor, não ficando revelado, como intenção ou dolo específico, o interesse na fraude do processo ou da investigação em curso de maneira artificiosa, com o fim específico de induzir esse juízo em erro”, diz trecho da petição.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Alex Roberto de Queiroz Silva e Heron Teixeira Pena Vieira teriam participado do homicídio de Renato Nery, ocorrido com promessa de recompensa, em condições que dificultaram a defesa da vítima e que, segundo a acusação, expuseram terceiros a perigo, devido a execução ter acontecido na avenida Fernando Correa em horário de grande fluxo de veículos.
Em maio de 2025, em depoimento às autoridades, confessou que recebeu R$ 150 mil pelo serviço pelos supostos mandantes do crime, o casal Julinere Goulart Bento e César Jorge Sechi, de Primavera do Leste (235 km de Cuiabá). Para o assassinato ele comprou uma pistola por R$ 1,5 mil que possuía um dispositivo acoplado que permitiria uma “rajada de balas” com um único disparo.
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Já o policial militar Heron Vieira foi o intermediário no assassinato de Renato Nery. Ele quem contratou seu caseiro como executor. Heron forneceu a arma, planejou a fuga e tentou ocultar provas. Após o crime, colaborou com as investigações e revelou os supostos mandantes. Está preso preventivamente e será julgado por homicídio qualificado e outros crimes.
Durante a instrução processual, foram ouvidos delegados, um escrivão de polícia e testemunhas de acusação e defesa. Os réus também foram interrogados em juízo. Encerrada a fase de depoimentos, o Ministério Público defendeu a pronúncia dos acusados nos termos da denúncia, enquanto as defesas pediram a impronúncia.
Na decisão de primeira instância, o juiz acatou o pedido do Ministério Público e pronunciou os réus, encaminhando-os a julgamento pelo Tribunal do Júri. A defesa de Alex Silva, porém, sustenta que não há elementos que justifiquem a acusação de fraude processual ou vínculo com organização criminosa, alegando que os indícios são “altamente questionáveis e controversos”.
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