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Artigos Terça-feira, 25 de Outubro de 2011, 16:04 - A | A

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Terça-feira, 25 de Outubro de 2011, 16h:04 - A | A

A tragédia do trânsito e a inércia do Estado

Todos os dias vemos tragédias se repetindo com as mortes em acidentes cada vez mais freqüentes. Nos fins de semana a mortandade aumenta com famílias inteiras tendo as vidas ceifadas nas ruas e estradas.

ADEMAR ADAMS

Divulgação

Todos os dias vemos tragédias se repetindo com as mortes em acidentes cada vez mais freqüentes. Nos fins de semana a mortandade aumenta com famílias inteiras tendo as vidas ceifadas nas ruas e estradas. É que sábado e domingo muitos enchem a cara, pegam o volante e saem para matar pessoas.

E escrevi a palavra “acidentes”, mas na verdade a maioria não são acidentes e sim desastres previsíveis, pois se não são causados por motorista bêbados ou por excesso de velocidade, são por veículos sem condições de trafegar.

O componente agravante das três causas dos desastres é a inércia do poder público. Não há fiscalização, não há policiamento e nem controles eletrônicos. As carretas são verdadeiros tanques de guerra dirigidos muitas vezes por motoristas “emboletados”, com cargas que deveriam ser levadas por trens.

Em Mato Grosso, dois políticos devem ser responsabilizados. Um é Blairo Máqquinas, que acabou com a polícia de trânsito e em oito anos não achou solução para o inferno das carretas entre Rondonópolis e Posto Gil. Paliativos como descarregar na estrada da Guia o trânsito vindo do Nortão, onde os “tanques” estão carregados de brita, é mais uma insanidade. A mentira de proibir os caminhões e não fiscalizar é mais uma demonstração do descaso do Estado.

Outro responsável direto por dezenas de mortes é o demagogo Sérgio Ricardo. Faz anos que montou um circo chamado “Xô multas” e pressionou prefeitos covardes para acabar com redutores eletrônicos, os “pardais”, que obrigavam os apressadinhos a reduzir a velocidade.

Fez mais o parvo: arrumou advogados para defender os multados por excesso de velocidades. Fez acerto com um defensor público venal, que atendia de graça, como carentes, amigos e eleitores. Na Justiça, magistrados irresponsáveis, mais preocupados com os filhotes e seus possantes carrões, deram guarida para os criminosos da cerveja e da alta velocidade.

Exemplo a ser seguido

Na França antes de Mitterrand, ocorriam em média 16 mil mortes por ano no trânsito. Proporcionalmente o mesmo número da tragédia brasileira. O governo decidiu dar um basta a essa insanidade e partiu para um combate aberto aos desmandos no trânsito.

A polícia foi colocada nas ruas e nas estradas. Em certos pontos nas rodovias de grande movimento tinha não só a polícia, mas ambulâncias e até juizes volantes. Motoristas criminosos às vezes saiam algemados após rápido julgamento.

Equipamentos eletrônicos, radares por toda parte, multas pesadas e punições severas. Um endurecimento forte.

O resultado após algum tempo foi notável. A média de 16 mil mortos caiu para cerca de quatro mil óbitos por ano.

Até quando vai continuar a tragédia brasileira?

(*) ADEMAR ADAMS é Jornalista em Cuiabá. Email: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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