"Os resultados do PMI de julho indicaram ventos contrários preocupantes para o setor privado do Brasil", disse Pollyanna de Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence. "As empresas enfrentaram um ambiente particularmente desafiador, lutando com custos elevados de empréstimos, pressões inflacionárias persistentes e uma notável escassez de oportunidades de novos negócios. Essas dificuldades operacionais, agravadas pela incerteza em torno da eleição presidencial de 2026 e por problemas de fluxo de caixa, reduziram significativamente os níveis de confiança nos negócios", acrescentou.
Os dados mostraram que as empresas do setor de serviços registraram aumento de despesas operacionais atribuídos a custos maiores de materiais, impostos mais elevados e taxas de câmbio desfavoráveis. As empresas mencionaram ter pago mais por materiais de construção, eletricidade, alimentos, combustível e artigos de papelaria.
Por outro lado, os preços cobrados pela prestação de serviços brasileiros aumentaram no ritmo mais rápido em cinco meses. A taxa de inflação ficou acima da tendência histórica, mas bem abaixo da observada para os custos de insumos - que permaneceu elevada, mas recuou para o nível mais baixo em oito meses.
A escassez de novos negócios levou as prestadoras de serviços a reduzirem o quadro de funcionários, interrompendo oito meses seguidos de contratações. A inadiplência dos clientes, a alta carga tributária e medidas de reestruturação também foram citados como motivos para a redução de empregos.
(Com Agência Estado)
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