Para o diretor de Relações com Investidores da empresa, Richard Cathcart, o foco na métrica operacional reflete o lucro gerado pela operação, sem a volatilidade cambial natural de atuar em toda a América Latina. O desempenho foi impulsionado por ganhos em e-commerce, fintech e publicidade digital.
O número de itens vendidos cresceu 31%, para 550 milhões, com destaque para o Brasil, onde a empresa reduziu o valor mínimo do frete grátis de R$ 79 para R$ 19 em junho deste ano. "No mês em que implementamos a mudança, o crescimento de itens vendidos no Brasil acelerou para 34%, mostrando que 'frete grátis' segue sendo um grande motor de conversão e retenção no nosso marketplace", disse Cathcart.
O programa de frete grátis do Mercado Livre existe desde 2017 e esta foi a terceira redução do valor mínimo nos últimos cinco anos. "O frete grátis é um fator decisivo para conversão, retenção e satisfação do consumidor", acrescentou.
Na Argentina, o volume de vendas neutralizado pelo câmbio (GMV FXN) avançou 75%, e no México, segundo maior mercado, 36%.
Mercado Pago
No Mercado Pago, a base de usuários ativos cresceu 30%, para 68 milhões. Já a carteira de crédito saltou 91%, para US$ 9,3 bilhões, puxada pelo cartão de crédito.
Para Cathcart, esse crescimento tem sido possível graças ao uso de modelos de risco baseados em machine learning, que são recalibrados a cada seis meses com mais dados, permitindo selecionar melhor os clientes e oferecer limites maiores, sem aumentar a inadimplência.
"Começamos oferecendo crédito de forma pequena e só aceleramos nos últimos dois anos. Com a base de comparação relativamente baixa, conseguimos crescer em um ritmo rápido, emitindo mais cartões e ampliando limites com segurança", afirmou.
Já em publicidade digital, o Mercado Ads cresceu 38%, acelerando em relação ao primeiro trimestre. A empresa também iniciou integração com o Google Ad Manager, plataforma que consolida inventários de publicidade em toda a internet.
Com isso, marcas que usam a tecnologia do Mercado Livre poderão veicular anúncios não apenas dentro do marketplace, mas em diversos outros sites. Segundo Cathcart, trata-se de "um primeiro passo para aumentar o uso e o alcance de publicidade nos próximos anos".
Malha logística
Além disso, o executivo destaca que neste ano a companhia deve seguir expandindo sua malha logística, com novas unidades previstas principalmente fora do eixo Sudeste, como parte da estratégia de aproximação dos consumidores.
Segundo a consultoria Newmark, o Mercado Livre já é o maior ocupante de galpões logísticos no Brasil, com 2,3 milhões de metros quadrados, o equivalente a 280 campos de futebol. A área cresceu 50% em um ano, ampliando a distância em relação à concorrência.
A empresa opera, atualmente, 19 centros de distribuição e prevê a abertura de mais sete até o fim do ano, chegando a 26.
(Com Agência Estado)
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